A lição da reforma da Previdência ainda não foi bem compreendida pelos principais nomes do Ministério da Economia e do Palácio do Planalto: assunto polêmico só prospera no Congresso se houver comunicação eficiente e comprometimento das lideranças. A aprovação das mudanças na aposentaria – de maneira pacífica dentro e fora do parlamento – foi fruto de convencimento. Campanha que começou ainda no governo Temer e foi arrematada com sucesso pelo presidente Bolsonaro, que abraçou o assunto como promessa no período das eleições.
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Na segunda fase das reformas, a equipe de Paulo Guedes decidiu editar a chamada MP Verde e Amarela, com o objetivo de gerar emprego para jovens. O modelo não inova: oferece incentivo fiscal às empresas que criarem vagas. A criatividade está no financiamento, com um pedágio ao auxílio-desemprego para ajudar a cobrir o rombo. Como o desemprego vai financiar o emprego?
É claro que isso não passa no Congresso. O governo deixou para 2020 uma série de medidas polêmicas, que mexe com a vida das pessoas e com as relações de trabalho. São propostas que até podem melhorar o ambiente de negócio, mas não vão gerar vagas automáticas de emprego. O que acaba com o desemprego é o crescimento da economia. As reformas podem ajudar, desde que sejam muito bem explicadas.
Saúde
Enquanto alguns programas do governo federal tiveram redução nos orçamentos, a área da Atenção Primária à Saúde vive outra situação. O valor previsto para 2020 é de R$ 20,4 bilhões contra R$ 18,4 bilhões em 2020.
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