Se não azeitar bem a articulação política no Senado, o governo poderá enfrentar novos problemas para a aprovação da Medida Provisória da reforma administrativa. Em um encontro no café da Câmara, o senador Esperidião Amin (PP-SC) disse à líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que um grupo de senadores está preparando destaques para tentar devolver o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Ministério da Justiça. A Câmara aprovou a MP, mas tirou o Coaf das mãos do ministro Sérgio Moro. Diante dos protestos da deputada, Amin rebateu: 

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— Eu não estou lhe consultando. Por uma questão de gentileza, estou lhe informando.

À coluna, Amin disse que há um grupo de senadores que não quer “vestir a carapuça” de enfraquecer Moro. Esse ambiente foi construído pelo próprio PSL, que se posicionou contra a mudança na Câmara e acusou o Centrão de manobra contra o combate à corrupção.

Também o vereador Carlos Bolsonaro foi para as redes sociais perguntar por que o deputado Rogério Peninha (MDB-SC) havia votado contra. Peninha nem estava no plenário. O curioso é que, agora, qualquer mudança na proposta prejudica o governo. Se o texto for alterado no Senado, voltará para votação na Câmara. A MP caduca no dia 3 de junho. 

Compensação 

Disposto a fechar o acordo Mercosul/União Europeia, o governo Bolsonaro chamou o setor vitivinícola para discutir o impacto da abertura de mercado. A reunião contou com representantes dos ministérios da Agricultura, Casa Civil, Economia e Relações Exteriores, além de representantes do setor. A preocupação é de que se não tiver medidas compensatórias a produção nacional ficará prejuízo.  

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Estica e puxa

Cresce na Câmara o movimento para que o projeto de lei que modifica a aposentadoria dos militares seja votado antes, no máximo no mesmo dia, da PEC da reforma da Previdência. A ideia é endurecer as regras para os militares para compensar a flexibilização para outras categorias. 

Fórum Parlamentar  

Nesta sexta-feira (24) Criciúma recebe a terceira etapa de reuniões do Fórum Parlamentar Catarinense para discutir as demandas da região Sul do Estado. O ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque, e o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PR), confirmaram presença.  

Balas 

O deputado Sanderson (PSL-RS) contou à coluna que foi salvo pela colega catarinense Ângela Amin (PP) durante sessão da CPI do BNDES. Sem comer desde o dia anterior, Sanderson reclamou da fome e Ângela prontamente abriu a bolsa e ofereceu várias balas ao gaúcho.