A duas semanas das eleições, acendeu a luz vermelha no ninho tucano. A mais recente pesquisa Datafolha confirma o Ibope e mostra que o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin estacionou. Depois de 20 dias de programas de rádio e TV, com o maior tempo entre os candidatos, ele não empolgou na proporção projetada pelos seus aliados.
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Nem mesmo a senadora Ana Amélia Lemos (PP) na vaga de candidata a vice assegurou a adesão apaixonada do agronegócio. Pelo contrário, em razão de políticas voltadas para a reforma agrária no então governo Fernando Henrique Cardoso, até hoje ruralistas encaram os tucanos com desconfiança. O mesmo ocorre com militares, que não se sentiram prestigiados por FHC. Em resumo, o eleitor do campo da direita encontrou em Jair Bolsonaro (PSL) um candidato para chamar de seu. Alckmin, prejudicado pela participação do partido no governo Temer e pelos escândalos de corrupção que atingiram a legenda, não conseguiu chegar ao coração do antipetista. Agora, eleva o tom ao máximo na ânsia de recuperar o tempo perdido.
BEM NA FOTO
O candidato ao governo Mauro Mariani é uma das apostas do MDB nestas eleições. Ele foi um dos cinco candidatos a governador que receberam recursos do diretório nacional partido, outros nove ficaram a ver navios. Mariani recebeu R$ 2,5 milhões. O presidente nacional do MDB, Romero Jucá (RR), já tinha avisado que a prioridade da legenda seria eleger deputados e senadores.
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APOSTA
Aécio Neves é um dos candidatos que mais ganhou recursos do PSDB. O partido repassou R$ 2 milhões para a campanha do tucano à Câmara dos Deputados, valor superior ao que receberam candidatos ao Senado e a governos estaduais. O apoio financeiro não é proporcional ao apoio dos demais tucanos. A campanha tem sido discreta, com poucos eventos públicos, e até agora ele não apareceu em palanques como o do candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB, Antônio Anastasia, e do presidenciável Geraldo Alckmin. Aécio é réu no STF por corrupção e obstrução da Justiça.
RECORDAR É…
Questionado pela coluna sobre os rumos do governo Temer, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) afirmou que a rotina dele será de ainda mais trabalho. Ele estará à frente do processo de transição. A troca do governo FHC (PSDB) para o de Lula (PT) é considerada modelo. Na época, o petista Antonio Palocci – que hoje está preso – e Pedro Parente lideraram o processo.
FRASE
“Vocês se acostumaram aqui a imaginar que a Procuradoria manda. A PGR opina. Vocês se acostumaram à época do Janot. PGR dá parecer, opina. Quem decide somos nós”. – Gilmar Mendes
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ao afirmar que ainda não analisou o recurso da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, contra a soltura do ex-governador Beto Richa.
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