A greve dos caminhoneiros enterrou de vez o legado do governo Temer. Os efeitos da paralisação são politicamente devastadores para o presidente da República e preocupantes para os rumos da economia. Setores estratégicos, que vinham se recuperando lentamente, já amargam prejuízos e sabem que a recuperação não será imediata.

Continua depois da publicidade

Além disso, para assegurar a queda do preço do diesel, o Ministério da Fazenda usará os recursos da reoneração de empresas e vai cortar mais algum incentivo para os setores produtivos. Com Copa do Mundo e eleições na sequência, ano praticamente já acabou. Para completar, o próprio presidente da República e seus assessores contribuíram para ampliar a confusão. Um dia antes da paralisação dos petroleiros, Temer disse em uma entrevista que poderia reexaminar a política de preços da Petrobras. Declaração que foi confirmada pela assessoria do presidente.

Na quarta-feira (30), uma nota oficial do Palácio do Planalto desmentiu o próprio presidente da República. Não era nada disso.

 

DAY AFTER

Continua depois da publicidade

Coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, o deputado Jorginho Mello (PR) promove na próxima segunda-feira, em Florianópolis, um fórum envolvendo os principais setores da economia do Estado para levantar o tamanho do prejuízo.

– Nunca vi um prejuízo tão grande.

Veja todas as publicações sobre a greve

 

NINHO DE ESCÂNDALOS

O Ministério do Trabalho é um ninho de escândalos. Sob a coordenação do PTB, foi alvo de mais uma operação da Polícia Federal, mas agora com o foco em grandes nomes do partido: o líder Jovair Arantes (GO) e o presidente do partido, Roberto Jefferson. Isso ajuda a explicar a situação de desgaste do governo Temer.

 

DÚVIDA

Nestes tempos de mobilizações, uma dúvida da coluna: onde estavam os defensores da Petrobras quando a empresa estava sendo saqueada por diretores apadrinhados por políticos do MDB, do PP e do PT?

 

TENTÁCULOS

Diretor da Gestão Interna da Embratur, Daniel Vesely foi um dos presos na operação da PF que teve como foco principal o Ministério do Trabalho. O inquérito está em sigilo.

Continua depois da publicidade

 

Leia outras publicações de Carolina Bahia

Confira as colunas de Moacir Pereira e Upiara Boschi