Se o governo Bolsonaro e o Congresso não se atrapalharem, está aberta a porteira para outras reformas tão importantes quanto a da Previdência. Mudanças nas áreas tributária e administrativa estão na agenda parlamentar do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o principal personagem da semana. A grande questão é se essas alterações vão continuar na promessa ou se os interesses das corporações e antigos vícios tributários serão enfrentados.
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Técnicos do Ministério da Economia não escondem que medidas bem antipáticas, como congelamento de salários no setor público e alterações nas carreiras são necessárias dentro do plano de ajuste fiscal. No mesmo pacote está a desburocratização tributária. Responsável pelo projeto, o líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), tem dito aos colegas de bancada que a tributária será votada no plenário até o final do ano.
E se o modelo da votação da Previdência for o exemplo, além do clima favorável, haverá liberação de emendas, distribuição de cargos, negociação caso a caso e muito suspense. Sem hipocrisias, a maratona da Previdência acabou com o discurso da nova e da velha política.