*Por Silvana Pires, interina

Além de imprevisível, a corrida presidencial promete ser um tanto pitoresca. Até o senador Fernando Collor (PTC) anunciou que é pré-candidato. Justificou que sai em vantagem por já ter presidido o país. Só não citou que já sofreu um impeachment e que é réu em processos na Lava-Jato, num deles acusado de ter recebido mais de R$ 29 milhões em propina.

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Na lista, ainda aparecem diversos nomes como: Lula, plano A do PT mesmo diante do risco de ser condenado em segunda instância; Alckmin, tentando unir o PSDB; Bolsonaro, que, por si só, já desperta controvérsias; Marina Silva, que anda apagada dos noticiários; o polêmico Ciro Gomes, com discursos atirando para todos os lados; a comunista Manuela D’Ávila, que tenta ser uma alternativa da esquerda; o ministro Henrique Meirelles (Fazenda), com o desafio de vencer a falta de carisma; e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que navega em um mar de indecisões. Já o eleitor se vê diante do cenário mais imprevisível desde a redemocratização, quando, curiosamente, o eleito pelo povo foi Collor.

CONSELHO DE ÉTICA

Dois dos quatro vice-presidentes afastados da Caixa terão seus casos analisados pela comissão de ética da Presidência da República, no dia 29 de janeiro. O colegiado decidirá se abre ou não processos contra Antônio Carlos Ferreira e Deusdina dos Reis Pereira por vazamentos e manipulações. Eles foram afastados por suspeita de corrupção.

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PREVIDÊNCIA

A presidente do STF, Cármen Lúcia, quer se reunir com Michel Temer para discutir a reforma da Previdência. Ela espera incluir a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), contrária à proposta, à discussão do tema. Temer concordou com o encontro ainda em janeiro. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o relator da reforma, Arthur Maia (PPS-BA), devem participar da reunião.

JULGAMENTO LULA

O secretário da Segurança do Rio Grande do Sul, Cezar Schirmer, respondeu ao ofício feito pelo PT sobre a segurança durante o julgamento de Lula. Para Schirmer, os organizadores das manifestações têm papel importante para identificar possíveis infiltrados, que possam vir a praticar vandalismo. O PT reclamou que em outras manifestações, a Brigada Militar agiu contra todos, provocando “caos e confusão”. Para Schirmer, em alguns casos em que a BM identificou quem praticou vandalismo, esses acabaram se refugiando entre os próprios manifestantes, chegando até a ser aplaudidos por eles.

FRASE

“Condenação sem prova não inspira respeito porque a Justiça só vive da prova. Eleição sem Lula ficará capenga. Vai ficar faltando alguém na urna e a população não vai aceitar.” 

Renan Calheiros (PMDB-AL), senador que defende Lula nas eleições.

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