O presidente eleito Jair Bolsonaro em reunião com a bancada de seu partido, o PSL, pediu “serenidade” aos parlamentares. Apesar das reuniões com as bancadas de partidos aliados, o encontro do PSL foi mais para tentar acalmar os ânimos. As brigas internas, por espaço e protagonismo, envolveram principalmente Eduardo Bolsonaro, Joice Hasselmann e Major Olímpio – nomes fortes da legenda, que brigam por poder dentro da líderes.

Continua depois da publicidade

A troca de farpas via WhastApp e redes sociais pegou tão mal que Eduardo saiu da reunião dizendo que o presidente eleito é contra a criação desses grupos, pois facilita o vazamento, que o ideal seriam conversas individuais. O curioso é que uma das principais estratégias da campanha de Bolsonaro foi exatamente o uso de grupos de WhatsApp.

A questão maior não é como e onde ocorreram as discussões, mas sim como o PSL se posiciona como partido. A legenda saltou para 52 integrantes na Câmara – a maioria na esteira da onda de Bolsonaro. O desafio dos parlamentares é deixar a vaidade de lado para conseguir poiar o próprio governo.  

 

Pesca  

O futuro secretário nacional da Pesca, Jorge Seif Junior, se disse totalmente contrário à forma como foi feita a restrição da pesca de arrasto na costa gaúcha. Para ele, foi uma decisão arbitrária e unilateral do Rio Grande do Sul, principalmente porque não há estudos atuais sobre a situação das espécies no país, como as que precisam ser preservadas, o que poderia embasar proibições desse tipo.  

Continua depois da publicidade

– Talvez os que fizeram a lei tenham razão, pode ser que ela esteja 100% correta, mas o setor pesqueiro não pode, da noite para o dia, ter essa insegurança jurídica e ser impedido de trabalhar assim – afirmou.  

 

Perdido 

O deputado Esperidião Amin (PP-SC) se perdeu nos largos e movimentados corredores do prédio da transição. Presente para a reunião do PP com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, Amin acabou se afastando dos demais colegas de bancada. A confusão se justifica. O primeiro andar do Centro Cultura do Banco do Brasil é um labirinto de salas amplas que, nos últimos dias, passam lotadas de técnicos e políticos. 

 

Sobreaviso 

O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Mário Negromonte Júnior (PP-BA), avisou aos deputados que pode convocar uma sessão até o final da tarde desta quinta-feira para votar o Orçamento de 2019. Ele afirmou que só depende do relator, o senador Waldemir Moka (MDB-MS), conseguir entregar o parecer. A equipe de Moka informou que o senador está finalizando o relatório. Depois da CMO, o Orçamento ainda precisa ser votado pelo Congresso Nacional, o que deve acontecer na próxima semana.

 

Leia também:

Bolsonaro e Moisés quebram o gelo