(Foto: Marcha, Divulgação)

Prefeitos que desembarcam em Brasília a partir desta segunda-feira para a tradicional Marcha têm razão em um ponto: nos últimos anos, a responsabilidade dos municípios aumentou de maneira desproporcional ao repasse dos recursos federais. Com a maior parte do bolo concentrada em Brasília, prefeitos ficam com o pires na mão, em busca de recursos para programas. É natural que a população cobre saúde, educação e segurança de quem está mais perto. Infelizmente, no entanto, o tal pacto federativo é só discurso bonito para época de campanha. Já ouvi que o Brasil tinha que eleger um presidente municipalista. Mas é grande o risco dele (ou dela) abandonar a ideia assim que sentar na cadeira no Palácio do Planalto. Com as receitas curtas e um déficit público imenso, quem está em Brasília quer fazer política com a verba disponível, das emendas dos parlamentares aos programas dos ministérios. Para se ter uma ideia, o presidente Michel Temer liberou ambulâncias para contemplar prefeitos aliados de deputados que votaram para enterrar as duas denúncias. Isso é critério para lidar com o dinheiro da saúde? Claro que não.

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Foco
Empenhado em colaborar com a Justiça, o empresário Joesley Batista já comentou com delegados que há mais informações sobre o ex-ministro Guido Mantega do que sobre Antonio Palocci, que já está preso. A defesa de Joesley está tentando garantir a delação premiada. A Procuradoria-Geral da República já mandou análise ao STF, pedindo que a delação seja enterrada de vez.

Prefeitos
Levantamento da coluna contabilizou 161 prefeitos catarinenses que confirmaram presença na 21ª Marcha dos Prefeitos, que acontece de hojr a quinta-feira em Brasília. O número representa mais da metade dos municípios do Estado. Entre as reivindicações, estão isonomia no tratamento entre o regime próprio e o regime geral da Previdência, a correção do piso do magistério e a atualização de valores da lei de licitações.

Candidato
O MDB deve confirmar amanhã a pré-candidatura do ex-ministro Henrique Meirelles à Presidência da República. Ele deve aproveitar a onda da campanha do governo federal, que já está colocando na rua o destaque para o chamado legado do presidente Michel Temer. Candidatos do partidos respiram aliviados. Meirelles vai mal nas pesquisas, mas não é tão impopular quanto Temer.

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