Os lavajatistas sofreram a primeira grande derrota na Justiça. O resultado apertado do julgamento do STF, com placar de 6 votos a 5 a favor do trânsito em julgado, não foi surpresa. A dúvida era se a análise seria encerrada ainda nesta semana. Mas se fosse medir a pressão popular pela quantidade de manifestantes na Praça dos Três Poderes, seria praticamente nula.

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Embora a Suprema Corte já tenha apresentado diferentes entendimentos, desde que vieram à tona as relações pouco republicanas entre os procuradores da Lava-Jato e o então juiz Sergio Moro, o clima no STF azedou. Ministros que já vinham manifestando desconforto com as pressões das militâncias virtuais ficaram ainda mais irritados.

E quem já estava inclinado a votar contra a prisão em segunda instância, acabou firmando posição por considerar constitucional a prisão apenas depois do fim dos recursos nas cortes superiores. A questão política que sempre esteve presente era se Lula seria solto, mas isso também não assombra mais o Supremo.

Agora, caberá aos tribunais superiores – em especial ao STJ – fazer o dever de casa e agilizar a análise dos recursos, se quiserem afastar a eterna sensação de impunidade. O presidente Dias Toffoli reconheceu o quanto a impunidade afeta a vida das pessoas ao lembrar os familiares do Caso Kiss. Levou mais de seis anos apenas para se decidir quem iria julgar o caso. A espera por Justiça ainda deve ser longa.

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