* Por Silvana Pires, interina
A decisão do Facebook de tirar do ar 196 páginas e 87 contas no Brasil que tinham como propósito “gerar divisão e espalhar desinformação” movimentou as redes sociais. Como algumas dessas páginas eram ligadas ao Movimento Brasil Livre – inclusive o MBL divulgou nota afirmando que as contas eram reais e negou o compartilhamento de notícias falsas – foi o suficiente para que a discussão ficasse apenas no campo ideológico. A esquerda comemorando de um lado e a direita bufando de outro. Se houve perseguição do Facebook como afirma o MBL, há espaço para recorrer e comprovar isso. Mas a questão é muito mais séria e profunda. Seja por acreditar que se trate de notícia séria, seja para atingir um oponente, o fato é que as pessoas acabam compartilhando notícias falsas nas redes sociais. A eleição deste ano está extremamente truncada. E, com tantos escândalos de corrupção, decididamente, a população não precisa de notícias falsas atrapalhando na hora de escolher em quem votar.
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Telentrega
Um funcionário do Senado foi enviado a João Pessoa, na Paraíba, para que a MP dos Fretes fosse assinada ontem, duas semanas depois de ser aprovada na Casa. Isso porque o presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE) entrou em recesso, viajou para o Exterior, sem assinar o documento. Coube então ao presidente em exercício, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), assinar. Agora, a MP vai a sanção presidencial.
Rumo
O PSB adiou a reunião do diretório nacional que estava marcada para segunda-feira. É a segunda vez que o encontro, uma prévia da convenção, é suspenso. Questionado sobre o motivo, um líder do partido afirmou haver “muita confusão”. Há correntes do PSB que defendem uma aliança com Ciro Gomes (PDT), mas o fator centrão com Geraldo Alckmin (PSDB) tem pesado na discussão.
Blitz
A OAB Nacional realiza blitz a partir das 7h de amanhã no Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, contra a cobrança de bagagens pelas companhias aéreas. Entidades ligadas ao direito do consumidor também participam do ato.
Frase
“O Brasil não tem política nacional de segurança pública. Se olharmos as sete Constituições, nunca conseguimos ter um rumo para a segurança pública, ela sempre foi concebida como responsabilidade dos Estados.”
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Raul Jungmann, Ministro da Segurança.