NSC Total
(Foto: NSC Total)

Um assunto que era para ser uma agenda positiva acabou trazendo desgastes para o Palácio do Planalto: o FGTS. Primeiro, veio a alegria com a possibilidade de sacar um dinheiro que está parado, com baixíssimo rendimento. Mas as pedras começaram a aparecer. A data do anúncio foi adiada, deve ser na quarta-feira, trazendo certa frustração.

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Se admitiu que há mais de uma proposta em análise sobre as regras para o saque, inclusive uma que prevê a retirada anual, mas com um impeditivo que deve frear muitos que pensaram nessa possibilidade: será impossível sacar o saldo da conta no momento da demissão. O susto maior veio com a crítica do presidente Jair Bolsonaro a multa de 40% paga pelas empresas em caso de demissões sem justa causa. Para o presidente, o que foi criado para beneficiar o trabalhador acabou tendo efeito contrário e desestimulou contratações.

No domingo, o presidente negou a extinção da multa, mas admitiu que é preciso pensar lá na frente do que seria melhor “menos direitos e emprego, ou todos os direitos e sem emprego”. Bolsonaro ainda falou que é preciso, antes de qualquer mudança, “ganhar a guerra da informação” e explicar à sociedade as mudanças necessárias para que o nível de emprego seja retomado. Só faltou reconhecer que as declarações sobre o FGTS foram dadas pelo próprio governo, provocando todos esses desencontros em torno do assunto.