Na eleição à Presidência da República mais confusa dos últimos tempos, até a busca de um vice vira novela. Na última semana das convenções, os principais candidatos então em plena negociação das vagas. Em anos anteriores, a escolha fazia parte de uma estratégia apurada de busca por votos em determinados segmentos da sociedade ou em regiões em que o presidenciável precisava se fortalecer.

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Foi assim na primeira eleição de Lula, quando ele apresentou o empresário mineiro José Alencar como companheiro de chapa. 

Nem uma boa colocação nas pesquisas assegurou vida fácil neste processo. Sem medo da piada pronta, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) já tentou atrair para a chapa um astronauta e até um príncipe. A dificuldade de todo o processo tem sua raiz na incerteza. Ao contrário de outras eleições, não há uma clara polarização, facilitando a acomodação das siglas nas alianças. Caciques políticos ainda tentam farejar de que lado ficará o poder.  

 

MARCADO NA PALETA 

O deputado Esperidião Amin (PP) será punido pelo próprio partido e terá cortes significativos no repasse de recursos do fundo eleitoral para financiar a campanha ao governo do Estado. O PP nacional decidiu castigar aqueles deputados que foram contra a orientação da legenda em três oportunidades: na votação que criou o fundo público de campanha e nas duas denúncias contra o presidente Michel Temer. Quem votou para que as investigações contra o presidente seguissem ficou marcado. Amin não sabe ainda quanto receberá do partido e disse que não desistirá da candidatura por falta de dinheiro. 

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FICA ASSIM? 

O deputado Amin não é o único prejudicado pelos questionáveis critérios do PP de distribuição do Fundo Público Eleitoral. Deputados de outros Estados também reclamam do castigo. A esperança deste grupo é que o Ministério Público Eleitoral questione a decisão na Justiça. Afinal, trata-se de dinheiro público. 

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ATAQUE ESPECULATIVO  

A petista Marília Arraes esperneou e gravou vídeo, negando que PT e PSB fecharam acordo para a retirada da candidatura dela ao governo de Pernambuco. Isso faria parte de uma estratégia nacional para que o PSB ficasse neutro nas eleições presidenciais, isolando Ciro Gomes (PDT).  

 

FRASE 

“Peço a Deus e às forças do além, que eu não esteja entendendo bem que foi feito um acordo PT-PSB, que descarta a candidatura da Marília Arraes ao governo de Pernambuco, o grande quadro renovador da esquerda do nordeste! Aguardemos!” 

Do ex-ministro Tarso Genro (PT), sobre a possibilidade de um acordo entre o PT e PSB, que em troca da neutralidade do PSB na disputa presidencial, o PT abriria mão da corrida ao governo de Pernambuco. 

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