A equipe do presidente Jair Bolsonaro (PSL) começou a fazer contas. Novato na arte da articulação política, o líder do governo na Câmara, major Victor Hugo (PSL-GO), reconhece que hoje não pode contabilizar todos os partidos alinhados com Planalto como base de apoio. Quer dizer, não há certeza sobre a fidelidade de parlamentares de legendas como DEM, PP, PRB, PL (ex-PR).
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Nem mesmo no partido do PSL, uma bancada tão fragmentada, há garantia de apoio fechado. A partir do texto da reforma da Previdência é que os articuladores políticos começarão a desenhar o mapa dos votos. Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) sabe que se uma proposta fosse apresentada agora, o risco de fracasso seria grande.
Encantados com as redes sociais, deputados e senadores começaram a consultar os seguidores sobre a votação da reforma. Estratégia que pode ajudar na tomada de decisão, mas que deve ser encarada com parcimônia.
Como enfrentar as organizadas corporações, que terão os privilégios atacados? Como blindar a consulta das metralhadores dos famosos robôs? O presidente Bolsonaro e seus articuladores terão que ter habilidade para explicar a reforma, convencer a população da importância das mudanças e também mobilizar os parlamentares.
Luto
O luto pela morte do jornalista Ricardo Boechat tomou conta da Esplanada dos Ministérios. Do Congresso, passando pelo STF, Palácio do Planalto, aos ministérios, as principais autoridades lamentaram essa imensa perda para o jornalismo nacional.
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Com os netos
Sem mandato, Valdir Colatto (MDB) aguarda para esta semana a publicação no Diário Oficial da nomeação para a diretoria de Serviços Florestais, que cuida de questões como o Código Florestal.
No final de semana, ele comemorou nas redes sociais que, agora, tem tempo para aproveitar o final de semana com os netos.
Doce ilusão
De nada adiantou a pressão dos senadores novatos. A CPI da Lava-Toga foi arquivada na segunda-feira (11) pela Mesa do Senado, sob a argumento de falta de assinaturas. Senadores, como Tasso Jereissati (PSDB-CE), voltaram atrás e retiraram os nomes do requerimento.
Telefone sem fio
Pegou mal a cobrança que Bolsonaro fez à Polícia Federal (PF) sobre as investigações do homem que o atacou na campanha eleitoral. A PF está dedicada ao inquérito. O chefe dela é o ministro Sergio Moro (Justiça). Se o assunto poderia ser resolvido entre o presidente e ministro, por que mandar recado?
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