O Palácio do Planalto está preparando uma campanha para melhorar a imagem do Brasil no Exterior. É uma resposta à pressão de setores do agronegócio, preocupados com a reação dos mercados internacionais. A questão ambiental não se restringe mais ao barulho de ONGs extremistas. Diante das regras do mercado globalizado, virou uma barreira comercial.
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Neste domingo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil não precisa do financiamento da Alemanha para projetos de combate ao desmatamento na Amazônia. Em visão nacionalista, que em nada combina com o liberalismo defendido pela equipe econômica, "estão tentando comprar a Amazônia".
Na prática, a declaração só atrapalha quem faz negócios lá fora. Hoje, o presidente deve desembarcar no Estado para comemorar a duplicação de um trecho de BR-116, construído com dinheiro público. Tudo o que o país precisa é de estabilidade política e boa imagem para atrair investimentos privados, inclusive do Exterior, e não interessa para que setores.
Domingão da sintonia
Prestes a ser sabatinado pelos senadores para a embaixada do Brasil nos EUA, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi convidado para o Dia dos Pais na casa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O comentário era que ele já pode arrumar as malas. Ministros e parlamentares participaram do almoço.
Comando do MDB
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, tem defendido o nome do ex-senador Pedro Simon para a presidência nacional do MDB, e a senadora Simone Tebet (MS) como vice. Interessada em concorrer ao governo do Estado em 2022, Simone estaria resistente a liderar a cabeça de chapa.
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Inferno astral
Desgastado em razão dos vazamentos de conversas entre integrantes do MP, o procurador Deltan Dallagnol virou alvo até de bolsonaristas alucinados que, nas redes sociais, o classificaram “esquerdista tipo PSol”. O Conselho Nacional do Ministério Público julga amanhã dois processos contra o coordenador da Lava-Jato.
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Marcha das Margaridas
Brasília recebe amanhã a 6ª edição da Marcha das Margaridas. A organização tem a expectativa de chegar ao mesmo número de participantes da edição de 2015, cerca de 100 mil mulheres. De Santa Catarina, são cerca de trezentas representantes. A marcha pretende entregar ao governo um documento com reivindicações, como a necessidade de combate à violência contra a mulher e mais educação no campo. Na quarta-feira, as Margaridas sairão em marcha até o Congresso, onde ocorre o ato de encerramento das atividades.