O candidato Jair Bolsonaro (PSL) ligou para deputados do PP ainda na noite da votação para parabenizar pela vitória e costurar apoio para o segundo turno. Quem pensa que ele fica longe da articulação política está enganado.
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Mesmo sem sair de casa, busca essas alianças que também serão importantes, em caso de vitória na corrida presidencial. Ainda nesta semana deverá ocorrer uma reunião com esses e outros parlamentares de diferentes partidos. Aliado de Bolsonaro, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM) afirma que a ideia não é fechar com os líderes dos partidos, mas com deputados considerados independentes.
Essa estratégia garante um verniz às velhas alianças de sempre. Para manter o discurso de que é “contra tudo que está aí”, Bolsonaro não pode se aproximar de caciques enrolados, como o presidente do PR, Valdemar da Costa Neto, ou o presidente do PP, Ciro Nogueira, mas busca o apoio dos partidos no varejo.
Feridas abertas
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O pedetista Ciro Gomes vai anunciar nesta quarta (8), em Brasília, apoio a Fernando Haddad (PT) no segundo turno. Mas será protocolar. Se algum pedetista permanecer neutro, haverá a compreensão da direção nacional. O PDT só não vai tolerar apoio a Bolsonaro (PSL). Por trás do desânimo do PDT com o petista estão as feridas abertas do primeiro turno.
Conselho do Paim
Reeleito ao Senado e conhecido por uma postura mais independente, o senador Paulo Paim (PT) mandou um conselho a Fernando Haddad (PT):
– Mostre o que o povo ainda não viu do Haddad. Seja você mesmo.
Dentro do PT, há divisão quanto à estratégia que o candidato deve seguir: mais moderado ou mais alinhado aos radicais, mantendo o discurso de Lula Livre.
Multiplicação
Dos cinco deputados da bancada catarinense que se reelegeram, apenas dois conseguiram ampliar a votação com relação a eleição anterior. Geovani de Sá (PSDB) passou de 52.757 votos em 2014 para 101.937 este ano. Carmen Zanotto (PPS) também ampliou a votação, passando de 78.607 para 84.703 votos.
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FRASE
“Nós temos que levantar a cabeça, ganhar ou perder faz parte de eleição. A vida continua.” – Do senador Romero Jucá (MDB-RR) ao comentar a derrota que sofreu ao não conseguir se reeleger ao Senado.
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