Ao receber a primeira visita oficial de um presidente, Jair Bolsonaro usou de toda a sua diplomacia ao falar sobre o Mercosul com Maurício Macri (Argentina). Afirmou que o propósito é construir um bloco enxuto, valorizar a abertura comercial, redução de barreiras e eliminação de burocracias.
Continua depois da publicidade
Um discurso que não bate muito com a posição já externada pelo ministro Paulo Guedes (Economia), de que o Mercosul não seria prioridade do governo Bolsonaro.
É claro que não seria em uma visita oficial que os pratos seriam quebrados em relação à posição do Brasil dentro do bloco. Isso é conversa para mais adiante.
De concreto, o encontro gerou um novo tratado entre os dois países para agilizar prisões preventivas e extradições – uma pauta de segurança, a menina dos olhos de Bolsonaro. Inclusive, até agora foi o único setor que teve algo de concreto no atual governo, com o decreto de posse de arma. Muito pouco se pensarmos que assuntos de grande relevância, como a reforma da Previdência, ainda estão no campo das ideias.
Crachá
O presidente Jair Bolsonaro foi fotografado quarta-feira todo orgulhoso com o crachá de identificação da presidência da República momentos antes de receber o presidente da Argentina, Maurício Macri, no Itamaraty.
Continua depois da publicidade
Um assessor do Palácio do Planalto contou à coluna que nunca viu um presidente usar crachá. Crachás semelhantes ao do presidente são tradicionalmente distribuídos para os servidores e jornalistas que trabalham no Palácio do Planalto. Os convidados costumam receber um outro tipo de documento, sem identificação e com um acesso mais restrito.
Blocão
O PTB fechou com PP, MDB e PSB a formação de um bloco partidário na Câmara, que conta com 119 deputados. No grupo há cinco nomes que pretendem disputar à presidência da Casa contra Rodrigo Maia (DEM-RJ). A união será importante em caso de segundo turno. A percepção de integrantes do bloco é de que a eleição do Maia não está ganha, que a eleição não é uma disputa só de primeiro turno.
Sem trenzinho da alegria
A comitiva do presidente Bolsonaro para o Fórum de Davos será bem restrita, apenas os ministros Sérgio Moro (Justiça), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Paulo Guedes (Economia) e General Augusto Heleno (GSI) – responsável pela segurança do presidente. Delegação bem menor do que a de Michel Temer há um ano, que contou com ministros, presidentes de estatais e parlamentares.