O governo federal começa a semana com crises engatilhadas e que precisam de rápido desfecho. A primeira e mais urgente delas é a definição do comando do Ministério da Saúde que, de forma interina, está sob responsabilidade do general Eduardo Pazuello.

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Embora a prioridade do presidente Jair Bolsonaro seja o protocolo do uso da cloroquina em casos iniciais da Covid-19, secretários de Saúde de Estados e municípios aguardam definições sobre a liberação de leitos e UTIs, compras e distribuição de respiradores e direcionamento de pessoal.

Dados oficiais mostram que há no Brasil 241.080 casos confirmados, com 16.118 mortes. Como disse o presidente do Conselho dos Secretários Estaduais de Saúde, Alberto Beltrame, o Ministério da Saúde é uma pasta que precisa de estabilidade para que as políticas públicas possam ser levadas adiante.

Mas a dor de cabeça do Planalto tem outro nome: Sergio Moro. Nesta segunda-feira (18), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, define se levanta total ou parcialmente o sigilo do vídeo que serve de prova no processo que investiga se o presidente Bolsonaro tem ou não intenção de promover uma intervenção na Polícia Federal.

Como a cada dia surge uma nova versão do que foi dito na reunião, é importante que Celso de Mello torne público ao menos todo o espaço da reunião que foi dedicado ao assunto Polícia Federal, segurança e Rio de Janeiro.

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Barbaridades, como ameaças a governadores e xingamentos a ministros do STF são importantes para revelar o nível do encontro, mas não são fundamentais no esclarecimento das acusações do ex-ministro Sergio Moro.

Na aglomeração produzida neste domingo (17), em frente ao Palácio do Planalto, seguranças da Presidência pediram que os manifestantes guardassem os cartazes contra o STF e o Congresso. Até Bolsonaro sabe que provocação tem limite.

Para completar, a Procuradoria- Geral da República avisou que vai investigar a denúncia do empresário Paulo Marinho que adiciona mais um ingrediente explosivo à relação da família presidencial com a PF do Rio. Ex-amigo dos Bolsonaro, ele revelou que um delegado antecipou ao senador Flavio Bolsonaro que o famoso Queiroz seria alvo de uma operação. Como já disse um ministro do Supremo, puxa-se a pena e vem uma galinha. A semana promete.

Contraprova

Após testar negativo para o coronavírus, o general Hamilton Mourão afirmou à coluna que ele e a esposa Paula estão bem, e ele até mesmo já voltou a fazer exercícios. O vice-presidente, no entanto, continua isolado no Palácio do Jaburu, aguardando o resultado da contraprova. O casal resolveu fazer os exames depois que um funcionário próximo confirmou estar com a doença.

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