Mais uma vez, Jair Bolsonaro baixa o tom durante um pronunciamento à nação, tentando sair do isolamento e para salvar o que ainda resta de autoridade dentro do governo. Diante do histórico recente, ninguém mais acredita que a serenidade dure mais do que algumas horas.

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O susto da última segunda-feira (6) foi grande. Ao tentar demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, Bolsonaro sentiu as reações do Congresso, do STF, dos governadores e até mesmo de aliados. Um sinal de alerta acendeu no Planalto: o presidente precisa achar um ponto de equilíbrio.

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É por isso que ele afirmou que respeita a autonomia dos governadores e se dirigiu às famílias que perderam seus entes queridos para a doença. Ele continua com o discurso da necessidade de volta ao trabalho, mas acrescenta que tudo de acordo com o Ministério da Saúde.

A briga radical pelo fim do distanciamento social foi substituída pela bandeira da cloroquina. Bolsonaro defende o uso no início da doença, tentando imprimir a imagem de “pai da cloroquina”.

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Nas redes sociais, esse é o mais novo motivo de polarização. A cloroquina já é usada em casos graves e o ministro Mandetta afirma que espera do Conselho Federal de Medicina um parecer sobre o uso mais amplo.

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