Nas rodas de amigos só se fala em uma coisa: Neymar e a acusação de estupro. Porém, o que poucas pessoas discutem é o chamado crime cibernético que ele pode ter cometido e pelo qual está sendo investigado: postar as mensagens e fotos trocadas com a menina. E pior, se nós também repassarmos essas mensagens poderemos cometer igualmente um crime digital.

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O assunto é delicado, mas, de uma maneira ou de outra, afeta muitas pessoas. Tanto é que o Brasil é considerado o segundo país no mundo em número de crimes digitais, com cerca de 62 milhões de pessoas afetadas. 

Para discutir o assunto a Faculdade Energia e a Comissão de Crimes Digitais da OAB/SC, promovem evento gratuito nesta quinta-feira, às 19h, no auditório da sede da OAB, na Capital. 

Os desdobramentos desse escândalo, que divide o país, trouxeram à tona uma questão infelizmente recorrente no meio jurídico, que está relacionada à falta de ética no exercício da advocacia. 

Advogados negros não chegam a 1% dos profissionais nos escritórios mais renomados, diz estudo

É muito mais difícil do que você imagina encontrar um advogado negro nos mais renomados escritórios de advocacia de Floripa. Não se surpreenda se não encontrar nenhum. Pesquisa realizada pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, em parceria com a Aliança Jurídica pela Equidade Racial, com orientação da Fundação Getúlio Vargas, revela que nos escritórios de advocacia considerados de primeiro nível o número de profissionais negros não ultrapassa 1% do total.

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O problema começa na quase inexistência de negros nas faculdades de direito mais renomadas. Resultado da cultura racista.