O gráfico com a distribuição orçamentária da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que está disponível no Portal da Transparência, não mente: o orçamento da UFSC já consome 29,1% com professores e servidores técnicos administrativos aposentados. Em 2030, este número chegará perto de 50% do orçamento. O que evidencia a necessidade urgente da Reforma da Previdência que, parece, não estar na pauta de reivindicações dos professores da UFSC, muito pelo contrário.
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Outra coisa que deve ser salientada, é o montante que sobra para investimento: apenas 0,5% do orçamento. Agora, o mais significativo é constatar que a UFSC custa por ano, para o cidadão brasileiro, um montante de R$ 1.731.709.981,71. É isso mesmo, quase R$ 2 bilhões por ano. Bem próximo do orçamento da cidade de Florianópolis, que está em torno R$ 2.180.495.600,00.
Como o leitor pode constatar, assim como outras áreas do Governo, as universidades públicas têm que contribuir com o equilíbrio fiscal.
Os servidores técnicos administrativos (hoje, mais de três mil servidores) trabalham 30 horas por semana. Isso mesmo, seis horas por dia e não aceitam a implantação do ponto eletrônico.
Não existe em lugar nenhum do mundo servidores técnicos administrativos de universidades públicas trabalhando apenas 30 horas por semana.
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Buraco negro
Cacau, a propósito, tem um amigo que se aposentou recentemente como professor titular da UFSC, com 60 anos de idade, após 35 anos de trabalho como servidor público federal, com um salário de aproximadamente R$ 23 mil. Em princípio, após a aposentadoria, tem uma expectativa de vida a mais de 25 a 30 anos, recebendo o salário integral, como aposentadoria.
Durante os seus 35 anos de trabalho, contribuiu para a sua previdência com 11% do salário. Agora, aposentado, recebe 100% de salário. Então, senhores, a Reforma da Previdência não é um questão ideológica (de esquerda ou de direita) e nem é uma questão de Governo, é uma questão de Estado. Com o aumento da expectativa de vida e com a redução da taxa de natalidade da população brasileira, o Regime de Repartição Previdenciário, que temos hoje, quebrou. É uma pirâmide que não tem mais sustentabilidade.
Década perdida
É quase certo que o país caminha para terminar a década com variação zero do PIB per capita. É inconcebível um resultado tão afrontoso, para um país com uma agricultura exemplar para o mundo, autossuficiente em petróleo, rico em muitos minerais, indústria expressiva e muitos outros predicados. E para desanimar de vez, eis que o Banco Central fecha o resultado do 1º trimestre deste ano apontando para uma queda de 0,68%, com o dólar disparando e a bolsa caindo.
Roteiro
Primeiro ele disse que não era o investigado. Depois disse que estava às ordens do Ministério Público. Então ele não compareceu a uma convocação do órgão. Agora ele diz que é vítima dos promotores. Sorte que ele negociou 19 imóveis. Se fossem 17 daria na vista.
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