Em relação ao papo desta segunda-feira (22) sobre ter sido, ser ou continuar sendo um boêmio, daqueles tipo Cazuza (“mais uma dose, é claro que eu tô afim”), a noite (“que nunca tem fim”) certamente será tema de muitas páginas do livro que deverei escrever… Nada a esconder, muita coisa pra dizer.
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O que faltou dizer na segunda, mas deu para entender, é que os tempos são outros. Para mim, para você e para o mundo. Não tínhamos as informações de hoje e nenhuma preocupação com nada. Nem com o cabelo. A cultura era do boteco, cigarro, picanha com gordura, destilados, noites mal dormidas (ou não dormidas), nada de delivery, orgânicos, comidas e hábitos saudáveis. Estávamos na rua. Era só chamar que o crazy people aparecia. Sexo, drogas e rock and roll. O doido de bar saiu de moda. Os bares continuam, mais silenciosos, mais bonitos, mais bem frequentados. Não sei se mais atraentes.
Dito isso, que se respeitem as individualidades e que cada um escolha o que é melhor para si. Eu escolhi. E me dou ao direito de continuar escolhendo. E mudando, se algo de ruim estiver me atrapalhando.
Realidade
É seria a situação: nunca tanta gente em Floripa que nunca quis nada com a hora do Brasil está deixando a zona do conforto para pedir emprego aos amigos. Qualquer tipo de emprego. E nunca, ao mesmo tempo, tantos trabalhadores autônomos, especialmente artistas, estão pedindo dinheiro emprestado. Aos amigos, não aos bancos.
Disputa
O último domingo (21) em Floripa foi uma verdadeira disputa pelas redes sociais entre as principais socialites da cidade mostrando suas mesas luxuosamente decoradas para o sagrado almoço de Páscoa. Toalhas, pratos, guardanapos, talheres de pratas, taças, arranjos de ouro, flores importadas… Nossas madames não economizaram na produção. Da mesa e delas, vestidas como se fossem almoçar com a rainha da Inglaterra. Deu até vergonha de sentar na minha mesa, de bermuda e chinelo, dividindo o guardanapo de papel e um rango do ifood.
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Atrasou
A chuva prevista para domingo (21) em Floripa chegou com um dia de atraso. Chegou com cara de segunda-feira. Devagar, quase parando. Mas chegou. Feriadão de muito sol e chuva só na segunda. Quando São Pedro quer, não tem pra ninguém.
The best
Não tem Instagram hoje no Brasil melhor do que o do ex-jogador Adriano, o Imperador. Bota loucura nisso!
Gaiola
Foto do Marcílio Medeiros Filho publicada nesta coluna do fim de semana não era com um curió, e sim de um coleira. A correção foi feita pelo leitor Jackson Almeida, de Joinville, pelo visto um passarinheiros dos bons. Quem tem curió é o Miguel Livramento, outro avaiano e do mesmo grupo de gaiola do Marcílio na Beira-mar Norte.
Medicamentos
Leitor da coluna teve que percorrer verdadeira via crucis até localizar uma farmácia na Capital que tivesse recipiente apropriado para descarte de medicamentos vencidos, cuidadoso para que não tivessem o mesmos destinos que, infelizmente, a maioria da população opta, ou seja, o vaso sanitário e a lixeira. Embora algumas redes de farmácias aceitem receber os fármacos, o fato é que o descarte fica limitado a uma ou outra unidade, a maioria no Centro da cidade. Portanto, fica a sugestão para que a Alesc criar uma lei que obrigue todas as unidades de farmácias existentes no Estado a recolherem os medicamentos vencidos e/ou estragados, restando aos órgãos municipais a fiscalização. Trata-se de que questão de saúde pública!
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Paradidático
Giovani Martins, manezinho da Ilha, filho do Anilton Martins, o Maninho, e sobrinho do José Avila, um dos fundadores do Tritão e boate Capelinha, lança nesta terça-feira (23), às 18h, na Câmara de Vereadores de Florianópolis, seu quarto livro, “Mitologia dos Deuses Orixás Africanos: História, Cultura e Religiosidade”. Giovani é o paradidático top no país.
Conclusão
Que tem Geninho não precisa de Renato.