Pesquisa da Abrasel indica maior movimento para 54,6% dos entrevistados.
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A recuperação econômica, apesar de tímida, tem reflexos positivos neste inicio de temporada para os bares e restaurantes de Santa Catarina, de acordo com pesquisa da Abrasel realizada em 110 estabelecimentos do litoral catarinense. Para 54,6% dos entrevistados, o início do verão teve maior movimento de clientes do que na temporada passada.
“O percentual sugere um processo de retomada, já que nas duas anteriores houve queda no fluxo de clientes, porém o ambiente de negócios ainda está muito abaixo do patamar de 2017”, afirma Raphael Dabdab, presidente da entidade. Ele completa que “poderia ter sido até melhor, uma vez que vários dias ensolarados estimulam o veranista a almoçar na beira da praia e sair tarde para jantar fora, gerando perda de receita nestes horários”, diz, ponderando que “a ausência do horário de verão amenizou um pouco esta situação”.
Segundo Dabdab, outro fator que prejudicou o fluxo de clientes foi a expressiva presença de ambulantes ilegais, que já havia apresentado expressivo crescimento na temporada anterior – foi igual ou maior desta vez para 81,8% dos consultados. Embora a prefeitura da Capital tenha aumentado o contingente de fiscais, foi insuficiente para conter o avanço do comércio clandestino de bebidas e alimentos.
“Se por um lado podem ser mais baratos e convenientes ao veranista, por outro oferecem risco à saúde alimentar e gera incômodo pela barreira visual e pelas constantes abordagens dos vendedores”, aponta.
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“Trata-se de uma concorrência desleal, tanto com os empresários que precisam de licença e pagam taxas para instalar mesas e cadeiras na beira da praia, como com os próprios ambulantes legalizados, que, além de pagarem taxa, recebem treinamento de atendimento ao turista e curso de manipulação de alimentos, exigido pela Vigilância Sanitária”, explica Dabdab.
Como esperado, a crise econômica da Argentina e o momento político do Chile derrubou a vinda de estrangeiros. Para 70% dos consultados não foi percebido aumento desses turistas. “Fomos sustentados pelo turismo doméstico, estimulado por novos atrativos e melhora da infraestrutura turística – em especial os paulistas (32,7%), paranaenses (20,9%) e gaúchos (18,2%)”, explica.
