Direto da Rússia

As pessoas que não viveram a melhor época do futebol, do cinema, do rock, das artes, das suas vidas, das cidades e dos países onde moram, costumam fazer cara feia para os saudosistas, rejeitando o passado que abriu as portas para tudo o que se vê hoje, de aviões a smartphones. Ou o telefone preto da sala da vovó não permitia conversar com quem não se via? Feliz de quem viu essa Seleção Brasileira conquistar o tri, no México, jogando o fino da bola diante de adversários gigantes… De lá pra cá, não apareceu nada melhor no nosso futebol. E viva o passado e suas descobertas inesquecíveis.

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Se tu dix!

Se a Rússia perder, não pode voltar para casa… e nem ir para casa, porque se voltar ou ir para casa, não vai voltar nem ir, vai ficar em casa.

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Delícia

O domingo livre pra chutar lata e ouvir música ao vivo nas ruas de São Petersburgo mostrou que há vida além da Copa.

Goleadores

Atualizando: Harry Kane (Inglaterra), seis gols; Lukaku (Bélgica), quatro gols; Baloy (Panamá), um gol.

Gabriel Jesus (Brasil) sem nenhum gol. Ajudou na recomposição, taticamente perfeito sem a bola.

Erro dos outros

"Terça-feira eu não quero nem saber, trabalho até meio-dia e depois churrasco e cerveja. Eu não vou me prejudicar pelo erro dos outros…"

De Morvam Silva, sendo Morvam Silva. Ou seja, sem medo de ser feliz.

Chororô

Ao chegar no hotel de São Petesburgo, na noite de sábado, depois da sexta que passamos com a derrota do Brasil em Kazan, vejo crianças de sete a 12 anos aos prantos, com seus pais tentando consolá-las, saindo de um belo bar e restaurante no próprio hotel. Choravam quase todas, e muito, até soluçando. A causa: a Rússia tinha acabado de ser eliminada da Copa do Mundo nos pênaltis pela Croácia.

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Foi, pois, na Rússia e no Brasil, o fim de semana mais chororô do ano no mundo.

Rir pra não chorar

Depois de sexta-feira, quando perdemos para a Bélgica e saímos da Copa, nunca um país inteiro em época nenhuma se divertiu tanto em cima de uma "tragédia" com a criatividade do povo brasileiro nas redes sociais. Neymar, claro, o carro-chefe.

Vô Constantino

Sérgio d'Ivanenko, irmão e filho de desembargores, família muito tradicional de Floripa, me passa uma missão: "Durante suas caminhadas pela Rússia, peço a gentileza de verificar se encontra algum "d'Ivanenko" ou apenas "Ivanenko" perdido por aí, pois meu avô Constantino veio para o Brasil em 1917 durante a Revolução Russa, deixando toda sua família (ou o que restou dela) neste país…"

Agora, com o Brasil fora da Copa e mais uma semana por aqui, tentarei algo, meu caro Sérgio, com o Serviço Secreto Russo.

O CARA. Goleiro da Bélgica e do Chelsea, Thibaut Courtois é o craque da Copa de 2018 na Rússia no meu entender.

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Mineirinho, nosso campeão mundial de surfe, e a mulher no último jogo do Brasil na Copa da Rússia, na sexta-feira, em Kazan.