Fotógrafo e idealizador do projeto Cidades Invisíveis, Samuel Schmidt lança hoje as primeiras peças produzidas dentro da incubadora Bonsai, instalada na Frei Damião, em Palhoça, e que dá oportunidade a mulheres da comunidade com cursos de costura e bordado.

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A coleção é uma parceria com o fotógrafo de moda Jacques Dequeker. Toda renda arrecadada com a venda das peças será revertida para potencializar as capacitações e gerar trabalho e renda para a comunidade. O pré-lançamento será hoje, às 19h, no Jardins Restô Café, em São José, e amanhã será a inauguração da incubadora. Confira a entrevista com Samuel:

 

Como vai funcionar a collab com o fotógrafo Jacques Dequeker?

Sobre a collab, pretendemos unir forças com o Jacques Dequeker, levando em consideração que ele é um mito da fotografia de moda, para juntos quebrar alguns paradigmas da moda convencional. A ideia é mostrar que é possível agregar valor social, valorizando a mão de obra e dando suporte à economia local. Com a venda dos nossos produtos em parceria, vamos potencializar nossa incubadora social Bonsai, que será inaugurada dia 21. Toda a renda vai ser revertida pra capacitação e geração de oportunidade para as mulheres que moram na comunidade do Frei Damião, em Palhoça.

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Você consegue medir o impacto do Cidades Invisíveis nas comunidades da Grande Florianópolis?

A gente não tem indicadores exatos, mas conseguimos medir o impacto subjetivamente pela construção de identidade da própria comunidade. No Frei Damião, por exemplo, percebe-se uma comunidade com mais cor, mais alegria, sociabilidade (por causa da praça pública que construímos), as crianças mais educadas, respeitando o espaço do outro e o bem comum. E a gente vê da mesma forma esse movimento em outras comunidades que atuamos com intervenção de arte. Há indicadores, a partir de pesquisas, que o grafitti, a arte e a cor diminuem a criminalidade e aumentam o sentimento de dignidade dos moradores. Isso me faz acreditar o quanto é importante isso que estamos construindo.

 

Quais são os próximos planos para o projeto?

O futuro do projeto é a dedicação total e exclusiva da geração de trabalho e renda, por meio do Bonsai. Queremos que essa incubadora potencialize as capacidades do ser humano que não tem tanta oportunidade. Estamos começando no Frei Damião, mas a ideia é levar o Bonsai para outros lugares e que empresas possam procurar os serviços procurados por elas.

 

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