"Precisamos repensar o Carnaval de Floripa, que este ano foi um desastre completo. Reorganizar todo o processo de idealização, dividir os eventos de forma a distribuir o número de pessoas por dia e horários, melhorar as normativas para concessão de autorizações, aumentar a fiscalização e partir para uma discussão ampla e responsável. Aprender com o erro, é a principal forma de repensar o futuro".
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De Paulo Tatu, dono da empresa Coringa Sistema de Inteligência, que faz todo o monitoramento de Floripa e mais 150 cidades do Estado, defendendo a PM nas confusões no Centro da cidade, muitas delas requerendo uso de força.
Onde erramos II
"Prestando a atenção na grade de eventos de Floripa, o nosso Carnaval é completamente ao contrário do que se faz no resto do Brasil. São Paulo, por exemplo, tem vários eventos distribuídos em vários dias, o Rio a mesma coisa, um dia os blocos, a passarela em dois dias, o Nordeste nem se fala, cada ano o Carnaval ganha mais espaço. Organizando e escalonando os eventos, ganharemos em qualidade, para a população, para o comércio, para o Turismo, dando qualidade e muito mais condições da polícia ser efetiva. 150 mil pessoas numa grande bagunça, rolando de tudo, foi a verdadeira visão do inferno. Pode levar até mil policiais que não vai resolver. O problema está na organização do evento, no estrutural. O que aconteceu esse ano – mal pensado e mal organizado – foi a verdadeira visão do inferno".
Opinião transmitida pelo homem das câmeras, Paulo Tatu, o comandante da PM Araújo Junior.
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Praça de guerra
Em Floripa, a Praça 15 de Novembro cercada por placas de aço. No calçadão da Felipe Schmidt, vitrines cobertas por madeirite. E até na pacata Praça Pereira Oliveira as entradas dos prédios estão bloqueadas com placas de compensado para evitar quebradeira e depredação. Até parece que vem por aí uma invasão dos "Coletes Amarelos" da França, ou dos Hooligans fanáticos do futebol Inglês, e não um grupo de foliões para rir e se divertir pulando o melhor Carnaval de rua do Brasil… Mas, se nos menores frascos estão os melhores perfumes, o mesmo vale para os piores venenos. Basta um pequeno grupo na multidão para riscar o pavio da violência e obrigar o Bloco da Polícia a entrar em campo. Pelo andar da carruagem parece que violência e Carnaval estão virando sinônimos.
Outra confusão
Sobre a presença do rapper Ja Rule na Ocean Floripa, sábado à noite, onde não houve nada, nem show, nem fotos, nem autógrafos, com o rapper saindo vaiado depois de jantar, André Perciana, seu cicerone no Brasil, da praia do Rosa esclarece que o artista não foi contratado para fazer show na casa e sim um warm up na comemoração do seu aniversário, antes de cantar num camarote na Nego Quirido, o que gerou um erro de interpretação do público. Podia ter cantado duas ou três músicas, mas não gostou de que viu e foi embora.