Quem acredita em superstição está com a pulga atrás da orelha. Na última crise entre o presidente da República e o Congresso Nacional, e que na mesma época o vice-presidente estava na China, a coisa desandou de vez. Em 25 de agosto de 1961, o vice João Goulart visitava os chineses, no auge do comunismo. O então presidente Jânio Quadros na mesma data pediu o boné, alegando que "forças ocultas" o impediam de governar.
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O Congresso Nacional, sentiu cheiro de queimado, e nem deu chance para o Jânio puxar um apelo popular e virar um autoritário. Em poucas horas decretou a vacância da presidência, e criou um parlamentarismo de ocasião para criar uma cortina de proteção entre os militares e João Goulart, que estava pintado de vermelho pelos discursos inflamados do partidário Leonel Brizola.
Dizem que a história nunca se repete. Mas, o certo é que o general Hamilton Mourão está na China, enquanto o capitão-presidente Bolsonaro voltou dos EUA para Brasília com as orelhas queimando e a língua incendia contra o Congresso Nacional.