Na edição anterior, comentei uma pesquisa de universidade americana que apontou que o momento da vida em que as pessoas são mais infelizes é durante as filas de trânsito. Nenhuma surpresa. Nada é mais irritante. A falta de mobilidade urbana é um desafio de toda grande cidade, mas em Floripa a coisa poderia ser um pouco melhor.

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Mais tristeza

A distribuição da população e a geografia dificultam. No verão, então! No Rio de Janeiro, cuja demografia e geografia são parecidas, as pessoas pouco saem dos bairros, que são praticamente cidades. Londres é assim. Diz-se muito que os meios de transportes alternativos (modais) são a solução, mas em uma cidade cheia de morros a bicicleta fica difícil. A melhor opção são as motos.

Nos EUA é proibido andar no corredor. E é proibido motoboy. Só carros fazem delivery, questão de segurança. Mais para evitar problemas para o patrão, em caso de acidente. Já o uso do capacete não é obrigatório. Como não tem SUS, cada um paga o seu, a cultura não é proteger as pessoas de si mesmo.

Quem sabe agora, a exemplo do Rio, use-se na Ilha de Santa Catarina o mar. Marinas, trapiches, piers, transporte náutico. Além disso, melhorar o transporte coletivo é essencial. Metrô esquece, muito caro. Já o veículo leve sobre trilhos (VLT), o TRAM de Amsterdam, é viável.

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Pior que a fila em si, é o stress, as ultrapassagens proibidas, as brigas. Para isso, você tem que desafogar a fila de trânsito dentro da cabeça, ligue o som!