No tempo dos governos anteriores, o Centro Administrativo Estadual, no Norte da Ilha, sede do gabinete do governador, parecia o prolongamento das sedes dos diretórios regionais dos partidos políticos. Havia congestionamento nos corredores, com velhos e novos representantes da política num entra e sai sem fim, a pedir mais um emprego, uma vaga na escola, uma estrada, etc.
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Entre políticos diversos e assessores não identificados, vivia-se ali num eterno alarido pré-eleitoral, animado mercado da compra, venda e troca de favores. Era preciso mudar e exatamente há seis meses ouviram-se os primeiros acordes de um novo governo eleito para promover uma revolução na administração catarinense. E os sinais que as coisas mudaram já são visíveis.
Os políticos trocaram a presença obrigatória e constante por um ou outro telefonema, nem sempre atendido com a rapidez de antigamente. Ao se iniciar agosto – sétimo mês deste governo -, o discreto Comandante Moisés, advogado, bombeiro militar e filiado ao PSL – que no próximo dia 17 completa 52 anos – tem bons motivos para comemorar.
O governo não será trampolim de políticos e as mordomias acabaram.
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