Floripa tem hoje cerca de 500 mil habitantes. Segundo as melhores projeções, chegaremos a 900 mil em 2050, quando a população se estabilizará. Atualmente, de cada três novos moradores um nasce aqui e dois vêm de fora. Esse crescimento de 400 mil novos moradores em três décadas, significa cerca de 130 mil em cada década ou 13 mil por ano.

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Para abrigar essa nova população, teremos que construir anualmente quatro mil residências, para atender as classes A, B, C e aquela parcela da população que se “afavela” nos morros, nas restingas, nos mangues e nas dunas, num processo que, à jusante, aparece a criminalidade, o tráfico de drogas e a insegurança em toda a cidade.

Temos que atender a todos, numa nova postura de que não vale prosperidade sem inclusão social, senão teremos uma cidade que se dividirá entre os que vivem bem e os que vivem miseravelmente. E é claro, também, que sem inclusão social será impossível a sustentabilidade ambiental. Para vencer esse gigantesco desafio urge alterar o Plano Diretor para elevar o gabarito atual de quatro andares vigente na Ilha, com exceção do Centro, para dez ou mais andares, de acordo com as características de cada região (sempre com a cobrança de solo criado e formação de áreas verdes). 

Essencial também a criação de centralidades (bairros que podem viver quase por contra própria para aliviar o trânsito entre as regiões e o centro melhorando a mobilidade) no Norte da Ilha, em especial no Sapiens Park, permitindo nesse Park a construção para moradias, hoje vedada; no Sul da Ilha e ao longo da SC-401, entre outros. O sucesso será alcançado se conseguirmos multiplicar as iniciativas visando motivar crianças e adolescentes moradoras em áreas precárias para o esporte, a música, o artesanato, etc. e também intensificar as ações sociais nas favelas, como a do Padre Vilson no Morro Serrat. 

Narcisos 

Está certa Martha Gabriel no seu livro "Você, Eu e os Robôs" quando diz que a câmara fotográfica cria a cultura da celebridade; o computador, a cultura da conectividade e o smartphone, a cultura do compartilhamento, e que a convergência das três, por meio da banda larga e mobilidade, está criando a cultura da visibilidade, eu que, o que importa não é viver, mas ser visto – no Facebook, no Twitter, em vídeos, etc. 

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Prato cheio 

Foram vistos, almoçando no hotel Majestic, na última quinta-feira, o deputado estadual Bruno Sousa e o deputado federal mais votado em Santa Catarina na eleição do ano passado, Hélio Costa. Não se sabe o teor da conversa, mas um manezinho me disse que falavam sobre o fraco resultado da safra da tainha. Para eleições, municipais é um prato cheio. 

Lá e cá 

Assim que assumiu a presidência dos Estados Unidos, Barack Obama foi acusado por grupos interessados em tirá-lo do poder de não ser norte americano, pois teria nascido na África. A isso, Obama respondeu que ele era o presidente dos Estados Unidos e que tinha muita coisa para fazer, não podendo perder tempo com futricas. Também assim, Sergio Moro deveria responder à esquerda que ele é o Ministro da Justiça, que tem muita coisa importante para fazer e que não iria perder tempo em se defender de acusações baseadas em informações obtidas de maneira ilícita. 

Gente e negócios

Aquisição da Cecrisa, empresa sediada em Criciúma, pela Duratex, anunciada em 22 de maio, foi concluída nesta semana, após aprovação da negociação sem restrições pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O valor total da operação foi de R$ 539 milhões.