A parada dos caminhoneiros, decidida por eles ou pelos patrões, mostrou a vulnerabilidade da sociedade moderna. Há 100 anos, a chamada Primeira Guerra Mundial parou uma parte da Europa num conflito de quatro anos. Aqui, num país continental, em menos de um mês podemos viver o caos. Já não se discute os conceitos de direita e esquerda no século 21, porque a sociedade digital, aliada do mercado global, busca apenas o lucro. A água que gera energia hidroelétrica, como o carvão e o petróleo são dádivas da natureza para o benefício do homem. Mas, o mercado vai se apossando silenciosamente de tudo e submetendo seus clientes consumidores ao rigores da escassez. A sociedade interconectada perde suas autonomias para o mundo globalizado e não tem a quem recorrer. O protesto fica difuso e não há líderes para sugerir caminhos.
A impessoalidade toma o lugar do sujeito. Ao invés de poder e querer estender a mão ao outro, apenas tocamos com a ponta dos dedos nas telas do computador.
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BOLSA
O PT criou o Bolsa Família; o MDB acaba de criar o Bolsa Caminhoneiro, no valor de R$ 0,46.
ACREDITE SE QUISER
Leitor da coluna não soube por terceiros – foto , internet ou outro meio que não o presencial. Estava lá e viu com seus próprios olhos: pacientemente esperando por horas para abastecer em uma das várias filas nos postos de gasolina de Floripa, motorista ostentava a bandeira do Brasil junto à janela do carro.
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