
Difícil falar do Sérgio da Costa Ramos sem ter leitura e conhecimento geral. Mas como amigo e leitor não me vejo impedido do desafio, até porque sou seu fã antes mesmo de começar essa carreira de colunista no jornal e na TV. Os dois bem jovens. Ele já nas redações brilhando em O Estado e na revista Veja, eu por aqui procurando uma turma diferente que dividisse meu espaço com a rapeize de rock, surf e brotos que começava a chamar a atenção na Ilha.
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Sérgio era o cara! Jornalista de bar, do uísque, de redação, era tudo o que eu procurava. Um pouco de Zózimo Barroso do Amaral, Tarso de Castro, Millôr Fernandes, Luiz Fernando Veríssimo, Hélio Gaspari, Ruy Castro. Fazia crônicas, livros, notas curtas, legendas, títulos, capas de jornais e textos para agências de publicidade e orelhas de livros, onde quase sempre era melhor do que o livro todo, nosso principal cronista brincava e abusava da inteligência, da cultura e do humor.
Morou em Londres e Nova York no seu auge de vida, de onde voltou ainda melhor. Seu texto, suas palavras, sua modernidade me excitavam. Queria ser dessa área, mas era difícil tentar alguma coisa numa cidade que tinha os irmãos Sérgio e Paulo da Costa Ramos, Beto Stodieck, Adolfo Ziguelli… E agora? Ao invés de me amedrontar, me inspirei nos melhores para ser menos ruim.
E deu certo. Quando Sérgio voltou de Londres, absolutamente descolado, eu já era notado pela rapaziada, que me curtia como DJ, promotor de festas e shows e, logo em seguida, colunista. Sérgio vez por outra falava em mim, assim como o colunista Beto Stodieck quase toda a semana. O que aconteceu de lá pra cá o povo sabe. Já são 40 anos diariamente num só programa de TV, o Jornal do Almoço, sempre em primeiro lugar.
Na França, ficamos, eu e o Sérgio durante a Copa do Mundo de futebol em 1998, 46 dias no mesmo quarto. Às vezes quando acordava antes dele, ficava incrédulo como podia estar ali numa cobertura internacional no quarto com um ídolo da minha adolescência, da minha vida, um monstro sagrado. Mais ainda, tomando vinho nas calçadas dos bares e cafés de Paris. E mais ainda, tê-lo como vizinho de coluna na sua passagem pelo DC. Coisas da vida, brother.
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(Texto solicitado pela estudante de Jornalismo da Estácio de Sá, Anny Metzker, para um trabalho de conclusão de curso sobre Sérgio da Costa Ramos).
Niver
Serão comemorados neste domingo, 30, no Restaurante Praça 11 em São José, os 80 anos da cantora Maria Helena, com almoço das 13h às 15h, música das 14h às 16h com os amigos da aniversariante e das 16h às 18h30min e logo após, até as 21 horas, show da Maria Helena.
Festival netuno
Músicos e skatistas de Floripa unidos para uma grande festa das 16h às 22h deste sábado, 29, na pista de skate da Costeira do Pirajubaé. O Festival Netuno celebrará a união da galera do Rock, do Rap e do Skate em um encontro multicultural e beneficente.
Pegou
Há três semanas aberto, o novo Empório Café Floripa, na esquina das ruas Osmar Cunha e Jerônimo Coelho é mais uma opção de almoço e lanches no centro da Cidade, e é só elogios pelo pela sua qualidade e atendimento. Pegou.
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