Um grupo que se identifica como Coletivo Jornalismo Sem Machismo, sem citar o nome de seus integrantes e nem em que veículos de comunicação trabalham, contesta vídeo veiculado pelo colunista no Jornal do Almoço, no qual uma mulher apresenta uma série de dados para provar, segundo ela, que machismo não existe. O mesmo conteúdo foi transcrito para esta coluna impressa. Dizem os “jornalistas” que, repito, não sei quem são, que estou atentando contra os movimentos feministas, os quais buscam maior e melhor participação das mulheres na sociedade. É necessário ressaltar, a quem interessar possa, que a simples apresentação do material não significa obrigatoriamente que eu seja a favor do que ele prega. Posso perguntar? Então vou perguntar: quem noticia uma guerra é a favor da guerra?

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A nota é um atentado à nossa profissão: contém manifestação explicita de censura, ódio e preconceito, fugindo do debate quando “exigem” que até mesmo quem reproduz opiniões de terceiros sobre assuntos que eles não concordam, que foi o meu caso, seja demitido do emprego, ignorando a importância da polêmica e do contraditório.

É de se lamentar que justamente jornalistas ou estudantes de jornalismo não tenham uma visão contextualizada dos fatos e de algumas regras básicas da sua profissão, entre elas, a liberdade de expressão.