CORREÇÃO: O catarinense Tiago Martins não trabalha com restauração no Louvre. Na nota a seguir, Cacau explica o trabalho de Tiago

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Na edição do último final de semana, Cacau, pensando que estava fazendo um bem, registrou algumas informações que lhe passou o nobre jornalista, escritor e professor Laudelino Sardá sobre a façanha de um conterrâneo nosso, Tiago Martins, que foi realizar curso de restauração na Sorbonne, em Paris, e pelo seu desempenho e habilidade, teria sido convidado a fazer um estágio no Louvre, viu sua boa intenção voar pelo espaço. De férias em Floripa, o “manezinho-francês” escreveu longo e-mail para esclarecer, não muito contente, alguns pontos da sua vida em Paris. Começou dizendo que sua avó, Maria Rosa de Souza, que acaba de fazer 90 anos, só é chamada de Dona Maricota por pessoas da sua intimidade e que continua lúcida e viajando pra visitá-lo, mas ficou furiosa em saber que teve seu apelido divulgado pela coluna. O resto ele explica: – Moro na França há tempo, onde fui estudar no segundo grau. Fiz Direito na UFSC e voltei a Paris para cursar História da Arte e, na sequência, Restauração de Pinturas na Sorbonne. Minha vida está longe de ser a de um menino de família humilde: num país com mais de 50 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza, sou apenas um privilegiado, com um pai e uma mãe que puderam bancar meus estudos no exterior. Trabalho para vários museus na França, como o Palácio de Versalhes, mas nunca fui “convidado” para fazer estágio no Louvre, nem costumo trabalhar para esta instituição. Associar meu nome ao de um restaurador do museu do Louvre não é, portanto, correto. Primeiro porque o Louvre não tem restauradores titulares, segundo porque este museu já teve problemas com um restaurador brasileiro, não diplomado, falando em nome da instituição para jornais e programas de televisão brasileiros….”

Com pedido de desculpas, Cacau fica daqui pra frente esperando sua condecoração pelo presidente Emmanuel Macron para voltar a agradá-los: o neto e sua avó.

NOTA ORIGINAL

Catarinense Tiago Martins, de uma família nobre em cultura e espiritualidade, humilde em posição financeira e que mora em Barreiros, São José, foi realizar um curso de restauração na Sorbonne, em Paris. Pelo seu desempenho e habilidade, acabou convidado a fazer um estágio no Louvre.

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E não demorou muito para começar a trabalhar para o museu mais famoso do mundo, avançando em suas qualidades sob a orientação de experts. Hoje, Tiago está entre os melhores restauradores de obras de arte da França, profissão rara no Brasil. 
Dona Maricota, a sua vovó, já foi a Paris ver o seu neto. E chora de emoção.