O presidente Jair Bolsonaro não conseguiria fazer pelo SUS a cirurgia para retirada da bolsa de colostomia a que se submeteu no Hospital Albert Einsten, em São Paulo. "Como o Sistema Único de Saúde paga R$ 650,09 por uma cirurgia desse porte, não tem como", reconhece o diretor-administrativo do Hospital São Donato, de Içara, no Sul do estado, Júlio César de Luca, em entrevista ao portal 4oito. Do total, é preciso deduzir R$ 503,40 para as despesas do hospital. O cirurgião recebe R$ 102,69 e o anestesista, R$ 44,00. "Qual profissional operaria por esses valores?", questiona. Quer dizer, o que todo mundo já sabe: o povão está ralado.
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Saragaço
O saragaço é grande entre os advogados trabalhistas do Estado depois que começou a circular no WhatsApp cópia de um ofício encaminhado pelo chefe do Serviço de Fiscalização da Delegacia da Receita Federal em Florianópolis, Arlindo Torri, ao corregedor do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC), desembargador José Ernesto Manzi. O auditor-fiscal solicita a relação de "todos os rendimentos pagos através de alvará ou transferência aos autores das ações e seus procuradores, bem como os honorários advocatícios a título de sucumbência e quaisquer outros rendimentos a título de honorários periciais, referentes aos anos-calendários 2015-2016".
Quem recebeu e não declarou, tem tudo para dançar.
Alta combustão
A maioria das mulheres tem justificadas queixas em relação aos homens. Mais da metade dos casais repartem as despesas da casa equitativamente, mas o trabalho doméstico está longe de ser compartilhado. Da jornada diária, entre a atividade profissional, a casa e o restante, sobram às mulheres apenas 54 minutos por dia para elas próprias. Em resumo, elas continuam com sobrecarga de trabalho. Esses dados são resultado do estudo divulgado ontem, "As mulheres em Portugal, hoje: quem são, o que pensam e como se sentem". Lá como cá, ora, pois.
Transparência
Já que o governo federal vai iniciar veiculação para explicar ao povo a necessidade imediata da reforma da Previdência, poderia aproveitar a ocasião e também esclarecer o destino e o tipo de administração até agora realizados com todo esse dinheiro, que pertence ao trabalhador. O que foi feito? Como foi gerido? Foi desviado? Quem era o responsável? Da mesma forma, com a grana recolhida dos funcionários públicos.
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Aqui em Santa Catarina, como foi? Uma oportunidade ímpar de colocar tudo em pratos limpos e, assim, conquistar o apoio popular indispensável para tudo que quer mudar.
Mesquinharia
A proposta do irrequieto deputado Valdir Cobalchini, de acabar com os radares móveis, virou pilhéria. Seus opositores alegam, com base no histórico recente do parlamentar, do qual constam mais de duas dezenas de multas de trânsito em seu nome, que o autor está legislando em causa própria. Mesquinharia da oposição?
Boca livre
Deputado Bruno Souza obteve do governador Carlos Moisés, em vídeo que circula nas redes sociais, a garantia dos recursos para as reformas das pontes Pedro Ivo e Colombo Salles. Chamou atenção também o gesto do parlamentar: durante o jantar oficial com o chefe do Executivo na última quarta-feira, Bruno devolveu o valor de seu jantar e doou para instituições de caridade, sugerindo o fim do financiamento público para futuros eventos deste tipo. Se todo jantar oficial fosse assim…
Lentidão
Sabem aquele senhor muito conhecido no bairro de Coqueiros e vizinho do San Clair Lanches, o seu Dalcy Motta da Silva, atropelado sobre a faixa de pedestre na movimentada Avenida Max de Souza por uma motorista em alta velocidade, que sumiu sem prestar socorro e acumula mais de R$ 20 mil só em multas de trânsito? Pois então, vai fechar cinco meses do falecimento dele e até agora o inquérito não foi concluído. Família e amigos estão com a sensação de descaso por parte da delegada do 4ª Delegacia de Polícia de Coqueiros. Advogado que representa a família também relata a morosidade e o descaso com o inquérito em questão. Nesse caso, a OAB e o MP não poderiam cobrar explicações?
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