Daria para citar uns 50 “motivos” que explicam, segundo a imprensa especializada, a eliminação do Brasil nas quartas de final. Uma das mais sérias é a insistência de Tite em manter o que chama de “convicções pessoais”. Com base numa delas, por exemplo, Gabriel Jesus foi mantido na equipe, mesmo se sabendo que Douglas Costa, quando entrava, tocava fogo no jogo. Outra convicção: Marcelo tinha lugar garantido na equipe titular, mesmo se sabendo que Filipe Luiz atuou melhor que ele nos dois jogos dos quais participou. Mas a maior de todas as crenças inamovíveis de Tite estava na teimosia em indicar um capitão para cada partida. Qualquer equipe precisa de um líder e não se cria líderes passando a braçadeira de um para outro. É quase unanimidade entre os que entendem um pouco de futebol: Thiago Silva deveria ser o capitão durante toda a Copa. Família misturada com jogadores e comissão técnica também não funciona. Tira o foco.

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Se ganhássemos da Bélgica estaríamos aqui destacando as virtudes. Por isso futebol é resultados.

 

Não tem outro

Apesar dos erros, que não foram poucos, Tite vai continuar como técnico da Seleção até 2022, quando acontecerá a Copa do Mundo do Catar. E não se fala mais nisso.

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Veja aqui as fotos da coluna do Cacau desta terça-feira

 

“Neymal”

A coluna cantou a bola. Se Neymar não passasse a “comer” a bola depois do terceiro jogo da fase de grupos, correria o sério risco de ficar famoso como jogador cai-cai. No sábado, dia seguinte à eliminação frente à Bélgica, o jornal espanhol Mundo Deportivo foi o mais ácido no ataque ao craque brasileiro. Estampou na capa uma foto de Neymar caído no campo com a manchete “Neymal”. Apenas um exemplo da imprensa internacional na condenação ao camisa 10, por simular faltas e agressões nos jogos na Rússia.

Na verdade, demorará mais ou menos um ano para Neymar recuperar a fama de bom jogador. Isso se voltar a atuar bem no PSG.

 

Aposta

Pode  anotar aí: a final da Copa do Mundo de 2018 será entre Bélgica e Inglaterra, ou pode ser entre França e Inglaterra, ou França e Croácia, ou Bélgica e Croácia. Escrevam aí o que eu disse. Sou meio profeta.

 

Dor da eliminação

A eliminação do Brasil na Copa deixou a gente meio sem pai, nem mãe. Estava tudo planejado: churrasco com os amigos e ou familiares, soltura de foguetes e buzinaço, além de outras coisas que só com a Seleção nas semifinais e finais seria possível fazer. Eis algumas atitudes que você será obrigado a deixar de lado: enforcar o trabalho, impossibilidade de palpitar sobre o placar do jogo, fazer barulho com corneta, decorar a rua e trabalhar com a camisa amarela. Ah, como é doída essa dor da derrota.

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Nasce (outra) estrela

Preste atenção: o filho do Marquinhos Santos, ídolo do Avaí, já mostra sinais no futsal de que irá jogar tanto quanto o  pai.

 

Os culpados

Logo depois do nosso Brasil ser eliminado da Copa da Rússia sexta-feira em Kazan, um nobre advogado de Santa Catarina me perguntou de quem era a culpa.
Deles. Dos  belgas.

 

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