Não é só tirar o povo da praia para botá-lo junto nos mesmos shopping centers, que são os únicos lugares que temos para ir quando não tem sol em Floripa. A chuva também causa outros problemas numa cidade sem muita infraestrutura e abarrotada de turistas: além do caos no trânsito, ressurgem os buracos nas pistas. A SC-401, que liga as praias do norte da Ilha ao centro da cidade, ficou, como diz o manezinho, estragada com tanta água.
É preciso muito cuidado. O melhor é ficar em casa.

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Sold out
Amigo que estava num dos maiores shoppings de Floripa, na chuvosa terça-feira, viu uma cena, digamos, diferente: na praça da alimentação, no horário do almoço, por falta de mesas e cadeiras livres, famílias inteiras, muitas de turistas argentinos, sentaram-se literalmente no chão, nas laterais e entre as mesas.
Ninguém reclamou. Em cidade lotada cada um se defende como pode.

Portenhos
Leitor Pedro Du Bois acha oportuno explicar: “Os argentinos que ‘turistam’ em Santa Catarina vêm de muitos lugares daquele país, menos de Buenos Aires. Os que chegam via aérea são total minoria, creio que não chega a 5%. Os nossos, até pelo palavreado, entonação e força (grito) vocal, são oriundos das províncias limítrofes. Os portenhos vão para o Nordeste e para Punta.”

Sugestão para os shoppings

Os serviços prestados pelas áreas de segurança dos shoppings precisam ser atualizados com o que de mais moderno existe em técnicas de contenção de pessoas de comportamento alterado, principalmente nesta época de grande fluxo de turistas.
Uma delas, de excelentes resultados, é inicialmente abordar os alterados com o pessoal de apoio de saúde, em suas roupas brancas, oferecendo-lhes ajuda e acolhimento, e levando-os para local mais controlado. Nem sempre funcionará, pois há, de fato, aqueles que querem provocar tumulto a todo custo. Para estes, os vigilantes serão chamados para tentar estabelecer conversação, ganhando tempo e evitando depredações enquanto se aguarda a chegada da polícia.
E, não custa lembrar, sempre gravar áudio e vídeo de todas as ações, para as necessárias audiências futuras.

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Uma dica
Para quem entra em depressão na Quarta-Feira de Cinzas com o fim do Carnaval, dou a dica: o Uruguai tem o Carnaval mais longo do mundo, começa em fins de janeiro e continua até meados de março. Durante aproximadamente 40 dias, milhares de pessoas vão às ruas ou casa de espetáculos acompanhar as diversas atrações, que se exibem em todo país, e são marcadas pela mistura das culturas africana e europeia. 

Se tu dix!
De um amigo ontem reclamando de tudo por causa da chuva que triplica os problemas na Ilha nesta época de superlotação: “Viajo o mundo inteiro, mas o único lugar que falta luz é em Florianópolis”.

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