Dezesseis sócios fundadores e proprietários do Blumenau Esporte Clube enviaram ao presidente Carlos Henrique Carneiro da Silva, o Zidane, um pedido de convocação de Assembleia Geral Extraordinária. O documento pede para que essa reunião seja convocada “em caráter emergencial” e para que sejam discutidos diversos pontos que envolvem os últimos dois anos do Tricolor.
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A solicitação por parte do grupo foi motivada por conta da eliminação do clube na Série B do Catarinense – devido aos dois WOs que o time levou na competição –, pela iminente suspensão por dois anos de competições organizadas pela Federação Catarinense de Futebol (FCF), por ausência de uma diretoria executiva e por “possíveis irregularidades nos exercícios de 2018 e 2019”.
O pedido é para que a assembleia ocorra dia 29 de agosto, às 19h, no Grêmio Esportivo Olímpico. Caso Zidane não convoque esse encontro, os sócios fundadores agendaram para o mesmo dia, às 20h, outra assembleia.
Eles querem que o atual presidente apresente: nomes e dados pessoais de todos os integrantes da diretoria e atuais sócios proprietários; os membros do Conselho Fiscal, balancete de 2018 e atas das reuniões de 2019; a prestação de contas do ano passado para aprovação (ou não) em assembleia; justificativa das irregularidades que envolvem contratos equivocados, cobrança para que atletas paguem as próprias inscrições junto à federação, não pagamento de multas impostas pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-SC) e a formulação de contratos irregulares de venda de atletas.
Destituição do presidente
Fica claro nesse documento formulado pelos sócios fundadores e proprietários do Blumenau Esporte Clube um interesse em destituir Zidane do cargo de presidente. O quarto item do pedido de convocação da assembleia indica que, caso todas essas questões não sejam apresentadas ou esclarecidas pelo atual mandatário, o “impeachment” poderá ser votado, seguido pela eleição de uma diretoria provisória.
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Cabo de guerra
O Blumenau vive instabilidade nessas questões administrativas desde o início de 2018, o que causa desgaste nas diretorias que passaram de lá para cá e impacta diretamente dentro de campo. A temporada do ano passado, por exemplo, foi repleta de altos e baixos e mesmo assim o Tricolor conseguiu escapar do rebaixamento à Série C do Estadual. Só que em 2019 ficou impossível aguentar a falta de dinheiro e de apoio – motivado até mesmo pela centralização das responsabilidades em cima do atual presidente.