Mais um ano passou e a questão do estádio municipal de Blumenau voltou a adormecer em Brasília. Antes o que dependia de articulação política agora precisa romper burocracia e, sem qualquer agilidade no setor responsável dentro do Ministério do Esporte, segue em meio a uma pilha de projetos. Essa é a segunda vez, desde que o processo começou – em novembro de 2015 – que a proposta de uma modesta arena na Itoupava Central hiberna e sem perspectiva de que o recurso seja liberado.
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Em março deste ano, um importante passo foi dado com a abertura do sistema online do Portal de Convênios (Siconv), do governo federal. Nele, a União acatou a proposta de R$ 20 milhões, solicitada pelo município, que a partir de então precisaria mandar toda a documentação necessária, envolvendo licenças e projetos. De lá para cá, porém, o que houve foi apenas um vaivém da papelada, sem progressos muito impactantes. Internamente se considera certa a liberação de R$ 2 milhões para iniciar a obra em 2018, R$ 10 milhões para dar um bom andamento em 2019 e R$ 8 milhões para finalizá-la em 2020, mas isso, por enquanto, é mera especulação que envolve políticos ligados ao PMDB de Santa Catarina.
Primeiro o que emperrou o andamento foi o impeachment de Dilma Rousseff. Agora, interlocutores alegam que o trâmite da Reforma da Previdência e o toma lá, dá cá na capital federal é o que trava a questão do estádio municipal. Burocraticamente falando, a prefeitura de Blumenau vem fazendo a sua parte, com uma equipe mobilizada dentro da Secretaria de Gestão e Transparência. Mas falta algo. Falta um empurrão. Falta alguém com força política comprar essa ideia, tal como ocorreu com a comitiva do Vale do Itajaí, que iniciou toda essa discussão dois anos atrás. Alguém aí?
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O projeto prevê que o estádio municipal seja em frente à Associação da Altona, na Rua Guilherme Scharf (foto), próximo à Rua Dr. Pedro Zimmermann. A arena será moderna, porém modesta ao mesmo tempo, com capacidade inicial para 4 mil pessoas, podendo chegar a 10 mil no fim da obra.