Durante um intervalo de 15 minutos no segundo tempo, o Metropolitano parecia que estava dando ao Marcílio Dias a taça da Série B do Campeonato Catarinense. Afobado e entregue à pressão do adversário, o time blumenauense aparentava não saber como se comportar do momento em que levou o segundo gol em diante. Foi só quando a poeira baixou e o técnico Marcelo Mabília fez as alterações que a equipe entendeu o jogo do Marinheiro e passou a usar feitiço contra o feiticeiro.

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Isso porque o Marcílio Dias cometeu o erro de apelar aos chutões ao ataque como forma de tentar encontrar o terceiro gol e, como consequência, ficar em vantagem no placar agregado. Mesmo com o Metropolitano todo recuado, a equipe de Itajaí optou por lançar bolas à entrada da área em vez trocar passes gradativamente. Assim deu brecha para o azar e consagrou os zagueiros Elton e Maurício, que pelo alto ganhavam praticamente todas as bolas.

Marcílio faz 2 a 0, mas Metrõ conquista o primeiro título da história

As coisas poderiam ter sido mais tranquilas, mas é impressionante como o Metropolitano gosta de passar sufocos desnecessários. Foi assim em Camboriú também. Mesmo com uma boa vantagem para administrar, o clube não leva isso a seu favor e dá margem ao azar, muito pela inexperiência dos jogadores – vale lembrar que muitos que estão no elenco têm no Metropolitano a chance de disputar uma competição oficial pela primeira vez.

No fim tudo deu certo e os momentos de aperto ficam apenas como lições para o restante da temporada e, principalmente, para o Campeonato Catarinense do ano que vem. Momentos como esse diante do Marcílio Dias, com o adversário pressionando e correndo atrás do resultado, vão se repetir. Com maturidade – a mesma que faltou contra o Camboriú e que veio à tona só nos minutos finais deste domingo – o time pode evitar que eles sejam o calcanhar de Aquiles.

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Parabéns ao Metrô. Começou mal o campeonato, embalou no momento certo e fez o que manda o roteiro do futebol: garantiu nos jogos em casa contra Camboriú e Marcílio Dias a gordura necessária para voltar à elite e conquistar o primeiro título profissional.