Convenhamos: seria muito difícil que o Metropolitano tivesse uma atuação pior do que na estreia contra o Avaí, em que foi derrotado por 4 a 0. Mas neste domingo, diante da Chapecoense, a equipe não apenas teve um comportamento melhor em campo, como apresentou alguns pontos positivos. Ainda assim, alguns problemas da primeira partida se repetiram e acendem uma luz de alerta.

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Pontos positivos

Bolas aéreas. O sistema defensivo da equipe, que tem jogadores altos, não perdeu uma dividida por cima para o ataque da Chapecoense. Passou segurança nos momentos em que foi acionado.

Bruninho. Foi a saída de escape no segundo tempo e o armador de uma jogada que poderia ter culminado na vitória do Metropolitano caso Weslley tivesse convertido. Foi um respiro pelo lado esquerdo do campo e uma opção de passe aos volantes.

O segundo tempo de Ari Moura. Depois de um primeiro tempo esfomeado (explico abaixo), Ari foi mais participativo e eficiente no segundo tempo. Acertou um chute no travessão e jogou mais pela equipe, e não para si mesmo.

Michel Schmöller. O capitão do time é Leandro Melo, mas Schmöller teve atitudes em campo que o fizeram ter esse status. Peitou Ari Moura ainda na primeira etapa após uma jogada equivocada do meia-atacante, e foi o porta-voz do time junto à arbitragem. Mostrou o porquê da experiência.

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Pontos negativos

Ineficiência no ataque. Contra um time de Série A de Campeonato Brasileiro, não se pode perder tantas chances. Uma bola na trave aos seis minutos do primeiro tempo, outra aos 19 do segundo tempo, e um chute cara a cara com o goleiro Ivan quando faltavam 10 minutos para acabar a partida. Tudo isso evitou que o Verdão somasse três pontos no primeiro tempo.

O primeiro tempo de Ari Moura. Fominha e jogando apenas para si mesmo, o jogador por pouco não foi o vilão ao tentar um drible na intermediária defensiva, dando chance para a Chapecoense abrir o placar. Levou bronca, discutiu, mas voltou diferente no segundo tempo.

Falta de criatividade no meio. Netinho até tentou, mas participou muito pouco até ser substituído. A bola chegou pouco nele e, quando chegava, havia pouca opção de passe. Tanto que a armação das jogadas em muitos momentos ficou com Schmöller e Negueba, dois jogadores que, na teoria, atuam como volantes.

Trípodi. Participou pouco do jogo e ficou isolado no ataque. Muito por conta da falta de criatividade no meio que citei acima. Para tentar participar mais, o argentino até tentou sair para buscar bola, mas nas raras vezes que fez isso, não conseguiu criar. Perdeu espaço para Weslley no fim do jogo e não tem a titularidade garantida.

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Próximo jogo

Mesmo com a boa atuação de Bruninho, duvido que o técnico Marcelo Mabília vá fazer alterações no time. Aposto na manutenção de Netinho no meio-campo e até de Trípodi com a 9. Se (ênfase no "se") Weslley tivesse feito o gol cara a cara com o goleiro, ganharia a vaga entre os titulares. Mas ficou no "se".