O Metropolitano já passou algumas vergonhas em seus 17 anos. Já levou goleadas, já perdeu em situações inimagináveis, já foi rebaixado à Série B do Catarinense, e chegou a ser derrotado no dia do próprio aniversário em uma largada de Estadual. Mas nada, nadinha, supera o que aconteceu na noite desta quarta-feira no Estádio Augusto Bauer.

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O 6 a 1 sofrido na casa do maior rival é, de longe, o maior vexame já vivido na história do Metropolitano. Não apenas pelo número seis que vai ficar marcado para sempre no placar do jogo, mas pela forma com que o time foi derrotado. Jogadores visivelmente abalados, defesa tão perdida quanto a da Seleção Brasileira no 7 a 1 para a Alemanha, erros básicos de marcação que nem mesmo jogador do Sub-9 comete, e falta de poder de reação para mudar algo no jogo.

Acompanhei o jogo ao lado de um repórter de Brusque. Quando Douglas Silva foi expulso e o Metropolitano descontou no primeiro tempo, deixando 3 a 1, ele olhou pra mim e disse: "acho que vai dar ruim". Ele fazia alusão ao fato de que o clube de Blumenau teria todo o segundo tempo com um a mais para pressionar e, quem sabe, buscar um empate.

Que nada.

O Metropolitano conseguiu complicar o 'incomplicável'. Conseguiu levar três gols com superioridade numérica (a única superioridade que o time teve nos 90 minutos, que fique bem claro) em campo. Conseguiu fazer com que as laterais do campo se transformassem em avenidas paralelas suculentas para o ataque brusquense, que deitou em cima da defesa. Conseguiu perder de um jeito tão vergonhoso, que desanimou até mesmo o mais fanático dos torcedores.

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Na noite desta quarta-feira, depois do vexame, o clima era de revolta.

O Brusque colocou o Metropolitano no bolso. Lá no fundo do bolso. E para que o clube de Blumenau saia desse lugar, vai precisar de algumas coisas: uma boa conversa da diretoria com a comissão técnica e o elenco para saber o que acontecer, vontade dentro de campo, e mudanças que mexam com a apatia. Faltam nove rodadas. Só nove. Em 2009 o time passou por uma situação parecida no primeiro turno, e conseguiu reverter. Mas lá se vão 10 anos. Os tempos são outros.

Enquanto isso, hoje, quinta-feira, algumas horas depois do vexame, os jogadores terão um treino regenerativo, para se recuperarem. Bola? Só sexta-feira, um dia antes da partida contra o Avaí.

Veremos os próximos passos dessa história.