Fora de campo o Blumenau Esporte Clube vive um momento de tensão há pelo menos três meses, o que não é segredo para ninguém. Mas neste sábado, após uma reunião, uma nova etapa dessa polêmica entre oposição e situação foi construída no Tricolor. Isso porque a Torcida Organizada BEC Manguaça anunciou pelo seu Facebook que não irá apoiar a equipe nos jogos da Série B do Campeonato Catarinense.
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Com um vínculo com a Associação dos Amigos do BEC (entidade que é a principal opositora de Wanderlei Laureth, atual presidente), a torcida disse que "não levará batuques, nem bandeiras e nem cantos" e deixou claro que não irá comparecer na arquibancada do Estádio do Sesi. O dinheiro que iria para a renda a torcida promete que será destinado aos atletas que, ainda segundo nota oficial, "não podem pagar pelos erros do presidente".
À coluna, Laureth disse lamentar a decisão, afirmou que "o clube é maior do que a torcida organizada" e que "o verdadeiro torcedor não deixará de apoiar o time".
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O que pode parecer um gesto político acaba tendo ares mais delicados porque a BEC Manguaça é uma fiel escudeira do Blumenau EC há uma década e meia. Mesmo quando o time estava inativo ou então nos momentos mais complicados da história, ela esteve ao lado do Tricolor. É uma torcida formada por apaixonados pelo clube e por pessoas que, mesmo com a ascensão do Metropolitano a partir da metade da década passada, não mudaram de lado.
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A seis dias da estreia do Blumenau contra o Camboriú, em casa, pela Segundona, esse fato coloca mais uma pimenta nos bastidores do Tricolor. Vale lembrar que desde fevereiro há uma disputa jurídica pelo comando do clube. De um lado, a Associação dos Amigos do BEC capitaneada por Carlos Roberto Seara e, do outro, Laureth. A entidade formada por torcedores afirma que há irregularidades na prestação de contas enquanto a atual diretoria se defende e diz que não há problema algum.
Nessa disputa entre situação e oposição, pelo menos por enquanto, melhor para o atual presidente.