O Blumenau Esporte Clube começa a temporada 2019 com o objetivo de virar a página do que se passou no ano passado, quando o time viveu de tudo um pouco. Foram desde questões administrativas, com uma disputa pela presidência que chegou à Justiça, desempenho instável na Série B do Catarinense, até a suspeita de que alguns jogadores teriam manipulado o resultado de jogos para grupos de apostas esportivas. Passada toda essa tormenta, o Tricolor se reconstrói para tentar viver uma temporada de bonança a partir de domingo, quando dá a largada na Segunda Divisão contra o Fluminense.

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Mas há um longo caminho pela frente. Com poucos recursos, a diretoria teve que apelar para as tais “parcerias” para trazer atletas, além de conseguir alguns por empréstimo. Com isso conseguiu formar um elenco com 25 jogadores, entre novatos e experientes – o que para uma Série B é um número bom. Mas o que parecia ser um início de temporada mais calmo (digamos assim), teve turbulência nesta sexta-feira. Isso porque o clube conseguiu inscrever apenas seis titulares para a estreia. De acordo com o presidente Carlos Henrique "Zidane", há 18 atletas à disposição para o jogo. Até a apresentação dos atletas, que ocorreria neste sábado, foi cancelada.

Jogos em Indaial

Mandar os jogos em Indaial, no campo do XV de Outubro, foi a saída encontrada pela diretoria para ter alívio financeiro. O problema é que o clube teve de adaptar a estrutura do Estádio Erwin Blaese conforme pedidos que foram feitos por Bombeiros, Vigilância Sanitária, Polícia Militar, FCF. Com isso acabou gastando mais do que poderia, cerca de R$ 93 mil. Mesmo assim esse valor é menor do que se o time jogasse no Estádio do Sesi – aproximadamente R$ 130 mil.

Celebração adiada

Por conta do mau tempo, foi remarcado o evento em comemoração ao aniversário do BEC que estava previsto para este sábado. O jogo master contra o Marcílio Dias, no Grêmio Esportivo Olímpico, irá ocorrer no dia 13 de julho, seis dias antes do centenário do Tricolor.

Sem apoio da torcida organizada

Principal torcida organizada do Blumenau – e uma das responsáveis por manter viva a história do clube, mesmo quando ele esteve inativo –, a BEC Manguaça anunciou em nota oficial que não estará presente na arquibancada do Gigante do Vale, em Indaial, durante os jogos da Série B. A organizada alegou que não apoia a atual diretoria, e chegou a se referir ao presidente Carlos Henrique Carneiro da Silva, o Zidane, como “negligente que usa o clube para negócios pessoais”. O posicionamento é um resquício dos embates que marcaram todo o ano passado pelo comando do Tricolor. Em contraponto, o atual presidente disse que não toma atitudes para benefício próprio e alega que abriu mão de projetos pessoais para assumir o Blumenau.

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Contrato sob análise

O jurídico do Metropolitano está avaliando a minuta do contrato que pode entregar o clube nas mãos de um grupo gestor. Uma fonte ligada ao Verdão de Blumenau diz que há itens no documento que os atuais diretores não concordam e que esses interesses precisam se encaixar. É um “momento de ajustes”, e a ideia de bater o martelo junto ao Conselho Deliberativo até junho se mantém.

Vale na Série C

O Vale do Itajaí terá três representantes na Série C do Catarinense deste ano. Além do Carlos Renaux, de Brusque, e do Atlético Itajaí – que disputaram a competição no ano passado –, o Santa Catarina Clube também voltará à ativa, mandando os jogos no Estádio Carlos Barbosa Fontes, do Tupi, em Gaspar. A competição vai começar dia 8 de setembro e terminar em 24 de novembro. Apenas um sobe. Orleans, Curitibanos, Caçador, Jaraguá, Operário de Mafra e Porto também tentarão o acesso.