O sábado, 25 de junho, surgiu como uma oportunidade para os políticos bolsonaristas de Santa Catarina estarem ao lado de Jair Bolsonaro (PL). Faltando pouco mais de três meses para as Eleições 2022, eles tinham a chance de aparecer a lado do presidente da República e ganhar eleitores nas urnas em outubro. A visita presidencial, no entanto, teve um festival de constrangimentos, tanto para os políticos catarinenses como para o próprio Bolsonaro.
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Tudo começou pela presença de público aquém do que se esperava. A praia alargada de Balneário Camboriú ajudou a mostrar que os apoiadores ficaram distantes dos 50 mil esperados pela organização. Como escreveu a colega Dagmara Spautz, o cenário do sábado resumiu o atual momento do governo.
Mas não parou por aí. Pipocam na internet e nos meios de comunicação vídeos dos políticos bolsonaristas catarinenses tentando se vincular a Bolsonaro. Teve de tudo: entrega de presentes, fotos, vídeos e gente agarrada ao carrinho que levou o presidente pela praia Central.
Um dos fatos que mais chamou a atenção foi no momento em que Bolsonaro resolveu saudar o público ainda na areia da praia. Ele formou uma espécie de cordão com algumas lideranças para erguer os braços e ser aplaudido. A vice-governadora de SC, Daniela Reinehr (PL), tentou acompanhá-lo, mas foi barrada pelo próprio presidente. O pré-candidato ao Senado pelo PL no Estado, Jorge Seif Jr., também quis aparecer no mesmo momento e foi rejeitado por Bolsonaro.
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A mesma rejeição foi enfrentada pelo senador Jorginho Mello (PL), a quem sobrou um dos piores recados da visita presidencial. Jorginho conta com o apoio de Bolsonaro para se eleger na eleição ao governo de SC. Mas não recebeu menções de incentivo do presidente no discurso feito no palco. O senador também precisou acompanhar o deslocamento do carrinho presidencial pela praia a pé.
No fim, ficou até pior para os pré-candidatos bolsonaristas as tentativas de aparecer ao lado pré-candidato à reeleição presidencial. Até porque, conseguir fotos junto com Bolsonaro foi algo que muitos político conseguiram. O que os principais apoiadores queriam era um gesto recíproco, uma citação, um carinho político. Entretanto, o que veio foi um show de desprezo.
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