Está escancarado o embate entre as duas gestões mais recentes do governo de Santa Catarina. O que antes ficava nos bastidores ou em manifestações pontuais, ganhou as redes sociais de forma explícita nesta terça-feira (21) em uma disputa baseada em viaturas versus o gás de cozinha. O atual governador Carlos Moisés da Silva (sem partido) deixou de lado o estilo “paz e amor” para disparar contra o ex-governador Raimundo Colombo (PSD), que reagiu e manteve o tom usado em entrevistas recentes com críticas ao atual chefe do Executivo. O estopim, porém, veio antes: na segunda-feira (20), em entrevista ao programa Parlatório, da rádio Som Maior, de Criciúma, Colombo disparou contra Moisés. Entre outras coisas, destacou o que chamou de “geladeira vazia” das pessoas mesmo com o cofre cheio do Estado.

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Claramente, o cenário para as Eleições de 2022 está à mesa. Moisés trabalha para concorrer à reeleição, enquanto Colombo faz o mesmo pensando em voltar à Casa D’Agronômica. O pessedista crítica o coronel do Corpo de Bombeiros pelo impacto da rise na vida dos catarinenses, enquanto o atual governador rebate com resultado da economia de contratos e da gestão pública.

As viaturas de Moisés

Em uma clara reação a críticas de Colombo, o governador Carlos Moisés publicou nesta terça-feira (21) duas imagens (veja abaixo) de viaturas da Polícia Militar de Santa Catarina (PM-SC). Em uma das fotos estão carros adquiridos na gestão do pessedista e outras na gestão do atual governador. Moisés disparou: “Antes: viaturas adquiridas em 2013, algumas já leiloadas como sucata. Mas ainda deixam um legado: um financiamento que vai até 2036, com juros. Agora: viaturas novas, entregues neste ano. Todas pagas”.

Esse tem sido o tom do coronel dos Bombeiros para reagir às entrevistas e posicionamentos de Colombo. Moisés coloca na pauta a economia de contratos e também compara as aquisições feitas, além do uso de recursos próprios e não de financiamentos para as compras.

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O gás de cozinha de Colombo

Pouco tempo depois da publicação do atual governador, ainda nesta terça-feira (21), Colombo também foi para as redes sociais (veja abaixo). Como resposta ao post de Moisés, se utilizou do mesmo tom de comparação, mas seguiu na sua linha de críticas e citou o imposto sobre o gás de cozinha: “2013, gás de cozinha com isenção de imposto (alíquota de ICMS em 7%). 2019, gás de cozinha perdeu a isenção e o imposto ficou 140% maior”.

Mais uma vez, Colombo mostra que esse será o seu foco caso concorra ao governo em 2022. Ele trará para a discussão o pagamento de impostos. Antes mesmo de deixar o comando do Estado, em 2018, ele já insistia que, mesmo diante da crise, não havia feito aumento das taxas.

Embate em 2022

Apesar de ambos anteciparem o confronto que pode acontecer na urnas no ano que vem, o cenário envolvendo os dois ainda é indefinido. Moisés mostra que quer concorrer, mas para isso depende do seu novo partido já que saiu do PSL recentemente. Colombo, por outro lado, tem disposição e já deixou isso claro, só que o seu partido ainda não o confirma como candidato único. Há outras opções dentro do PSD, e também a possibilidade de um apoio ao atual governador em 2022. Seria, sem dúvidas, uma reviravolta nos planos do ex-governador ao ponto, mas na política nada é impossível.

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