A semana será de pressão da secretaria de Estado da Saúde (SES) sobre os municípios de Santa Catarina. O pedido é para que a vacinação do grupo prioritário de comorbidades seja ampliada. De acordo com os dados da SES, até agora foram aplicadas a primeira dose em 32,5% das pessoas com comorbidades. Há regiões que preocupam mais, com o índice abaixo dos 25%.
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Segundo a secretaria, o governo catarinense distribuiu 549.764 doses para todos os municípios para serem aplicadas no grupo das pessoas portadoras de comorbidades e deficiência permanente. Até a última sexta-feira (21), foram aplicadas 174.840 doses, o que equivale aos 32,5%.
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Pelas regionais de Saúde, o governo diz que apenas as áreas de Blumenau, Jaraguá do Sul e Joinville conseguiram vacinar mais da metade do público-alvo. Nas regiões de Itajaí, Tubarão, Mafra, Araranguá, Chapecó e Rio do Sul os índices apontam aplicação abaixo dos 25%.
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Mas há divergências nos números. No caso de Chapecó, por exemplo, a prefeitura diz que já vacinou 51,7% da população com comorbidades, o equivalente a 11.996 pessoas. Só que na planilha divulgada pela SES a cidade ainda não aplicou nenhuma dose nas comorbidades. A Vigilância em Saúde de Chapecó diz que há um atraso entre o envio das informações e a confirmação deles no sistema.
Embate na Capital
Como registrado pela coluna neste domingo, há uma batalha estabelecida entre o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, e o governo de Santa Catarina. Gean quer iniciar a vacinação dos profissionais da educação imediatamente, enquanto o Estado colocou o prazo para começo da aplicação das doses para a próxima segunda-feira (31).
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Por outro lado, a SES argumenta que a Capital somente vacinou 36,9% das pessoas do grupo prioritário das prioridades, sendo que cidades vizinhas como São José atingiram 52,4% e Palhoça, 65,4%. Oficialmente, o governo catarinense não comenta o impasse com Gean, mas fontes do Centro Administrativo criticam a postura do prefeitura e creditam a cobrança a uma questão política.
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Já uma fonte do município reclama das doses paradas por falta de uso. No final de semana, afirmou, poderiam ter sido aplicadas 15 mil vacinas, enquanto o número não teria chegado a 500. Para a prefeitura, o número de pessoas como comorbidades está superestimado em Florianópolis.
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Alerta sobre documentação
Um dos focos da conversa da SES com os municípios durante a semana será sobre a exigência da documentação necessária para a comprovação das comorbidades. Diante de relatos de pessoas que tiverem exigências consideradas excessivas, o Estado vai alinhar formas de destravar a vacinação e deixar mais claro para as pessoas o que fazem em caso de dificuldades.
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