A esperança, enfim, bateu à porta. E veio na forma de vacina. O anúncio da eficácia da medicação do Instituto Butantan, a Coronavac, nesta quinta-feira (7), trouxe bons ares depois de meses de preocupação e incertezas diante do coronavírus. Justamente no dia em que o Brasil chegou a 200 mil mortes pela doença, a vacina emociona. A reação dos profissionais do Butantan ao receberem a notícia sobre a eficácia, com lágrimas e sorrisos esperançosos, resume o sentimento dos brasileiros.
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Brasil passa de 200 mil mortos por Covid-19
O coronavírus alterou a rotina das cidades. Desde março de 2020, o Brasil mudou. Mas, infelizmente, preferiu se concentrar na polarização entre saúde e economia. Nos últimos 10 meses, autoridades federais diluíram o foco e atrasaram o país na disputa pela vacina. Tanto é que diversos países já iniciaram a imunização e o nosso programa nacional está previsto somente para o final de janeiro.
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Os resultados da Coronavac, contudo, precisam representar um divisor de águas. A polarização deve ser jogada para escanteio. Não há mais espaço para o enfrentamento ideológico e político. O anúncio do governo federal de que vai comprar as vacinas do Butantan é um ótimo sinal nesse sentido.
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As 200 mil vidas perdidas até este 7 de janeiro de 2021 fazem parte de um cálculo trágico. Uma doença que tirou da convivência diárias filhos, pais, mães e avós. Simbolicamente, o anúncio da vacina no mesmo dia da triste marca é uma forma de o Brasil enxergar caminhos melhores e ignorar aquilo que nos atrasou por meses.
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Ainda estamos longe de retomar a rotina do começo de 2020. A vacinação será longa, mas precisa começar o quanto antes. Somente com a imunização consolidada é que os demais setores poderão operar na plenitude, com segurança sanitária e social. A economia, por exemplo, depende da garantia de saúde pública.
Justamente por isso é que a polarização atrasa o Brasil. Nada mais deveria ser tão importante nesse momento do que a buscar pela aplicação das vacinas. Com os sinais das últimas horas, veio a esperança. Tanto de que logo estaremos protegidos contra o coronavírus como de que a política e a ideologia vão ficar de lado.
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