A triste marca de 42 feminicídios em Santa Catarina neste ano, além de igualar o índice de 2018 inteiro, precisa servir como um divisor de águas. O Estado vê crescer o número de mulheres assassinadas em condição de violência doméstica, algo que deve assustar e, ao mesmo tempo, mobilizar.

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Assim como ocorreu entre 2017 e 2018, quando a segurança ganhou prioridade com o aumento dos homicídios em geral, desta vez é o feminicídio que merece atenção diferenciada. Seja das polícias ou dos órgãos de assistência, saúde e educação.

Enfrentar este crime não é responsabilidade individualizada, principalmente por conta de suas características. Mas ele deve ser encarado de frente para que, assim como no caso dos homicídios, tenhamos uma queda significativa.

Para o enfrentamento aos feminicídios, mais do que uma organização do Estado, é necessário um envolvimento dos municípios, com estruturação de uma rede de atendimento, tanto para as mulheres vítimas, como para os homens denunciados por crimes de violência doméstica.

Há um exemplo dentro de SC: Chapecó ficou um ano sem registros por conta de uma ação capitaneada pela PM, com envolvimento de outros órgãos. Somente com engajamento é que teremos redução nos índices.

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