Por incrível que pareça, falar em transporte marítimo em Florianópolis é sinônimo de utopia para muitos. O histórico, claro, não ajuda a mudar esse cenário. São anos de promessas e inúmeros os prazos dados pelo governo do Estado. Na sexta-feira, em entrevista na rádio Atlântida, o secretário de Infraestrutura, Carlos Hassler, disse que pretende reunir todos os envolvidos no mês de agosto para discutir a questão.

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Diante da atual inconsistência do projeto, o melhor a se fazer neste momento é começar tudo do zero. Claramente ainda há muito o que se discutir para que o projeto saia do papel. Uma amostra de que a atual proposta e ligar Florianópolis a São José entre a região do Centrosul e a Ponte de Baixo está longe de se tornar viável é a recente demonstração de falta de comunicação entre os principais atores do processo. A prefeitura de São José, por exemplo, disse que desconhecia o projeto.

O modelo atual ainda revela-se prematuro e tende a cair em descrédito. O próprio secretário de Infraestrutura destacou algo primordial: como vão será a ligação entre os modais? Quem desembarcar na Ilha seguirá de que forma para outros pontos da cidade? A proposta atual carece de muitas respostas para perguntas como essa. Por isso é que a melhor alternativa é retomar os processos do começo. Melhor encarar uma demora a qual estamos acostumados do que sofrer com um sistema ineficiente para a nossa mobilidade urbana sufocada.