O crescimento dos casos da Covid-19 em Santa Catarina fez a secretaria de Estado da Saúde mudar a estratégia de testagem. Em ofício enviado aos municípios na última segunda-feira (17), o governo catarinense recomendou que as prefeituras não usem mais os testes vindos do Ministério da Saúde em casos assintomáticos. A prioridade vai ficar para quem tiver sintomas ou se encaixar em outros grupos descritos no documento.

Continua depois da publicidade

> Compartilhe essa notícia no WhatsApp

Segundo o superintendente da Diretoria de Vigilância em Saúde de Santa Catarina, Eduardo Macário, não há falta de testes, mas o que precisa ocorrer é uma racionalidade no uso dos materiais:

– Antes da ômicron, o consumo de testes de antigeno estava em 200 mil por mês. Tanto que enviamos 400 mil, que daria para passar os meses de janeiro e fevereiro. E já tinhamos solictado 1 milhão de testes para o ministério. No entanto, com a entrada da ômicron, a demanda cresceu vertiginosamente. Inclusive o setor privado já alegou dificuldades em atender a alta demanda no momento.

Macário ainda diz que em 10 dias os municípios aplicaram 450 mil testes enviados no final de ano. Por conta disso que a orientação é outra. O ofício circular da SES diz que “em virtude da alta demanda de exames laboratoriais para o diagnóstico da COVID-19 no momento, e devido a escassez de insumos para a realização desses exames” devem ser adotadas as novas medidas.

Continua depois da publicidade

A prioridade de testagem, de acordo com a secretaria, deve ser para as seguintes situações: I. Todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que necessitem de hospitalização; II. Pacientes com sintomas respiratórios que estejam nos grupos de risco para agravamento da doença (idosos, gestantes, puérperas, portadores de comorbidades); III. Profissionais de saúde com sintomas respiratórios (para permitir orientação referente ao retorno ao trabalho); IV. Triagem de pacientes que precisam ser hospitalizados por outros motivos; V. Profissionais com sintomas respiratórios que fazem parte de serviços essenciais e presenciais, como profissionais de segurança (para permitir orientação referente ao retorno ao trabalho).

Além disso, não se recomenda a testagem nestes casos: I. Em indivíduos assintomáticos (inclusive contatos); II. Como requisito para sair do isolamento; III. Como pré-requisito para participação em eventos ou estabelecimentos que exijam.

A orientação deve impactar as ações feitas em cidades como Florianópolis, onde um centro de testagem espontânea e gratuita foi aberto. A medida da SES segue recomendação da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

Leia também:

Baba Vanga que previu 11 de setembro fala sobre nova pandemia em 2022​

Continua depois da publicidade

Gripe, Covid ou rinite? ​​Saiba a diferença entre essas e outras doenças respiratórias

Pode beber depois de tomar a vacina da Covid-19?